O consumidor brasileiro está cada vez mais disposto a deixar de lado os cartões e o dinheiro em espécie na hora de pagar. A conclusão é do estudo mais recente realizado pela plataforma de busca e comparação de softwares Capterra, uma empresa do Gartner, que trata dos hábitos dos compradores do País em relação às novas tecnologias móveis de pagamento, como as chamadas carteiras digitais ou o código QR.
Para o levantamento, a empresa ouviu 514 consumidores de todo o País entre os dias 7 e 10 de janeiro. Como critério, os entrevistados deveriam integrar o mercado de trabalho.
Segundo o estudo, 59% dos entrevistados já realizaram transações aproximando o celular às maquininhas, enquanto 57% pagaram com código QR, tecnologia que usa a câmera dos aparelhos (46% já experimentaram as duas).
O atraso tecnológico de parte do varejo é o grande responsável de que os consumidores deixem de optar pelo digital, mostra o estudo do Capterra.
Entre os que ainda não utilizaram o contactless, 53% apontam a falta de máquinas nos estabelecimentos que mais frequentam como principal motivo para ainda não tê-lo adotado.
“A importância dos estabelecimentos prestarem atenção na renovação das maquininhas de cartão para não ficarem atrás da concorrência fica mais evidente quando observamos o número de consumidores que pretende utilizar as novas tecnologias pela primeira vez nos próximos doze meses: 86% dos que ainda não pagaram usando o contactless pretendem fazê-lo no próximo ano”, destaca o analista do Capterra, Lucca Rossi.
Para 95% do total de entrevistados, tanto as lojas físicas como as virtuais deveriam estar melhor preparadas e/ou equipadas para processar pagamentos digitais.
Compras online
O Capterra também investigou a utilização dos pagamentos digitais no comércio eletrônico, onde o nível de adoção é mais baixo.
Para esse tipo de compras, a carteira digital aparece somente na terceira posição, utilizada por 47% dos entrevistados, depois do cartão de crédito, adotado por 90% dos ouvidos, e do boleto bancário (58%). O código QR ocupa a última colocação (25%), atrás da transferência bancária (27%).
A complexidade tecnológica de integrar esses tipos de pagamentos pela plataformas de e-commerce está entre os motivos, apontam especialistas. A maior segurança oferecida por esses métodos, no entanto, deve atrair os varejistas online.
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