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Seis tipos de investimentos que são isentos de Imposto de Renda

O que você faz quando sobra algum dinheiro no fim do mês? Aos poucos, mais brasileiros estão descobrindo as vantagens de aplicar parte de suas rendas em uma carteira diversificada de investimentos – o que garante uma rentabilidade ainda maior no futuro. E o que atrai ainda mais os interessados são aqueles produtos financeiros que não possuem incidência de taxas e impostos.

Muitas pessoas não sabem, mas não é somente o tradicional investimento da caderneta de poupança que é isento da cobrança do tributo. Uma série de outras aplicações, que são muito mais interessantes do que a poupança, também estão livres. De modo a esclarecer um pouco sobre esses diferentes tipos de produtos, listo abaixo seis tipos de investimentos que são isentos de Imposto de Renda:

CRIs e CRAs – Tanto os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) quanto os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) fazem parte da classe de investimentos de renda fixa, sendo títulos emitidos por instituições securitizadoras. Com isso, a própria empresa que emitiu o certificado garante o investimento e paga os juros para o investidor. A principal vantagem é que possui rentabilidade acima do CDI, além de não ter taxa de administração. A desvantagem é o que o título não é coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Ou seja, se a empresa não vingar o investimento, o investidor pode perder dinheiro. É sempre importante conhecer a fonte do projeto.

Debêntures incentivadas de infraestrutura – Outro título de renda fixa, são emitidos diretamente por empresas de infraestrutura, que usam o dinheiro dos investidores para financiar seus projetos. Algumas características são que algumas debêntures pagam os lucros semestral ou anualmente – geralmente atreladas ao IPCA (índice de inflação oficial do País). Além disso, podem ser negociadas no mercado secundário, o que aumenta as chances de conseguir vender fora do prazo de vencimento. Embora atrativos, são investimentos de médio prazo, e também não possuem cobertura do FGC.

Fundos de Investimento Imobiliários – Como o próprio nome sugere, são investimentos atrelados a imóveis ou a produtos ligados ao setor imobiliário. Para ser isento, o fundo deve ser composto por mais de 50 cotistas e os títulos devem ser negociados exclusivamente na Bolsa. Além disso, a pessoa deve possuir menos de 10% do total de cotas. É um excelente investimento para quem almeja entrar no setor, uma vez que o resgate do dinheiro é mais fácil do que vender um imóvel. Sem mencionar que os valores são mais baixos do que efetivamente comprar um imóvel. Mas fique atento: por ser negociado em Bolsa, possui risco maior. E também não são cobertos pelo FGC.

LCA, LCI e LH – as siglas correspondem à, respectivamente, Letra de Crédito do Agronegócio, Letra de Crédito Imobiliário e Letra Hipotecária, e são títulos emitidos por bancos para financiar esses setores. São investimentos seguros, mas com rentabilidade um pouco inferior em relação a outros produtos. São cobertos pelo FGC e contam com investimento inicial baixo, a partir de R$ 100.

Mercado de ações e dividendos – Para aqueles que têm interesse em investir na Bolsa, saiba que são isentos do imposto de renda negociações em que a soma das vendas mensais não ultrapasse R$ 20 mil. Independente de quanto você compra por mês, se a soma das vendas realizadas no mês for inferior a R$ 20 mil, você não paga imposto de renda. Outro ponto relevante é que os dividendos distribuídos a partir dos lucros apurados pelas empresas também são livres de Imposto de Renda. Mas atenção: embora atrativo, é um dos investimentos mais arriscados, então busque bastante conhecimento e informações sobre o desempenho das empresas que emitem aquele papel.

Compra de ouro – Assim como ocorre com o mercado de ações, os investidores estão isentos de imposto de renda na compra de ouro quando os ganhos em movimentações são inferiores ou iguais a R$ 20 mil. O caminho mais seguro é adquirir por meio de uma corretora de valores um contrato financeiro que representa uma quantia desse metal, negociado na Bolsa. Por ser um investimento com alta possibilidade de retornos, é também de alto risco, em razão da grande volatilidade dos preços. Portanto, fique atento.

Por Lucas Paulino, assessor de investimentos e sócio-fundador do Mais Retorno

 

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