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Como será o futuro dos assistentes pessoais

Você fala, eles fazem. Os assistentes de voz foram integrados aos smartphones alguns anos atrás e seus usuários desde então estão cada vez mais dependentes dessa tecnologia para simplificar e automatizar as tarefas no nosso dia a dia. Se você nunca usou esse recurso, mas tem um smartphone recente com Android – sistema operacional mais utilizado em celulares inteligentes, por exemplo, é só configurá-lo e começar a dizer coisas como “ligue para casa”, “navegar para a Avenida Paulista”, “tocar Iron Maiden”, para que o aparelho faça o que você mandou. Sem dúvida, a tecnologia de reconhecimento de voz é uma das inovações mais empolgantes disponíveis atualmente. Afinal, a voz é uma interface muito mais natural que o próprio texto, certo? Ela possibilita aos consumidores fazerem mais em menos tempo.

Mas essa tecnologia vai muito além dos smartphones. A evolução dos chamados dispositivos de assistência por voz – VAD, da sigla em inglês, como caixas de som inteligentes e até mesmo tablets, já é uma realidade. Esses dispositivos são ferramentas poderosas que podem simplificar as tarefas diárias e que nos mantêm de cabeça erguida e de mãos livres, para assim aumentarmos nossa produtividade. Com eles, a tecnologia de voice computing , que passou por tantos problemas de funcionamento no passado, finalmente decolou.

Nos próximos anos devemos ver um impulso em direção à chamada edge computing , ou seja, a capacidade de processamento migrando para os dispositivos de “borda” de rede, se afastando da nuvem computacional , no mercado da tecnologia VAD. Muitos dos equipamentos atualmente disponíveis no mercado realizam um processamento básico local e depois mandam inputs, como uma questão sobre como será o clima amanhã, por exemplo, para a nuvem. Embora os assistentes de voz tenham feito um grande sucesso com essa abordagem, ainda existem alguns problemas a respeito de latência, largura de banda e privacidade. Além disso, os custos dos serviços de nuvem com o intuito de processar rapidamente esses comandos aumentam as despesas relacionadas a eles.

Dispositivos conectados cada vez mais terão capacidade de inteligência artificial embutida, assim capacitando os usuários a terem uma experiência fluida. Processamento local também utilizará menor largura de banda e oferecerá uma segurança mais robusta para proteger os dados dos usuários.

Os assistentes de voz serão os responsáveis pela abertura de novas ondas de inovação. Veremos uma mudança no design e formato dos dispositivos conectados e no papel que a voz desempenha em nossas vidas, alterando a forma que interagimos com nossos aparelhos. Assim veremos um novo ecossistema de dispositivos com capacidade de suporte à tecnologia de voz. Nas casas conectadas, a tecnologia de voz já se expandiu com o uso de caixas de som inteligentes e está sendo integrada com uma variedade de formatos de dispositivos como micro-ondas e outras aplicações. Nos carros, começamos a observar o aparecimento de acessórios que transformam praticamente qualquer veículo em um automóvel conectado.

O renascimento no design dos dispositivos que utilizamos certamente terá um impacto econômico. Veremos consumidores comprando cada vez mais dispositivos comandados por voz para se conectarem. Exemplo: se uma pessoa gosta de utilizar caixas de som inteligentes em sua sala de estar, poderá comprá-las também para os outros cômodos de sua casa. O mesmo acontecendo com lâmpadas, câmeras de segurança e outros dispositivos que se conectam e que podem ser integrados por meio da tecnologia de voz.

E também vamos presenciar uma consolidação. Os consumidores atuais, por exemplo, podem comprar acessórios de voz para seus carros, mas no futuro as ferramentas se tornarão padrão nos automóveis que compramos, e um acessório não será mais necessário. Uma coisa é certa. O aprimoramento e a invenção de acessórios comandados por voz só estão começando.

Por Samir Vani, country manager da MediaTek no Brasil

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