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Um novo ano para as startups no Brasil

Pesquisas mostram que 2019 será bastante promissor para esse mercado
Um novo ano para as startups no Brasil

Dado à espera do resultado das eleições, muitas ações ficaram estagnadas no ramo dos negócios brasileiros. Diante das incertezas em relação à política econômica, empresários já consolidados e novos empreendedores, agiram com cautela nas tomadas de decisão que precisavam ser pensadas de maneira mais estratégicas. Agora, com mais clareza e rumos praticamente definidos, o mundo dos negócios começa a se movimentar novamente e boa parte das atenções deverá estar aplicada às tão faladas startups.

Em 2018, o Brasil teve seus primeiros unicórnios. Cinco startups brasileiras entraram para o clube de jovens empresas digitais, atingindo o valor de mercado de 1 bilhão de dólares: 99, PagSeguro, Nubank, Stone e iFood, o que despertou a atenção de investidores e grandes empresas. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Startups – ABStartups, o mercado de startups brasileiras dobrou nos últimos seis anos. Em 2012, eram 2519 startups cadastradas na associação; em 2017, esse número alcançou 5147 empresas. A quantidade pode ser ainda maior, pois muitas startups estão em uma fase de concepção e muitas outras ainda não têm o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ , de acordo com a entidade. A expectativa para esse mercado é promissora em 2019.

Oficina Projeto Empresa – OPE, em que o aluno precisa passar por uma experiência de empreendedorismo, criando uma startup que poderá ou não ser aproveitada no mercado

Como iniciar no mundo das Startups?

Existem diversas formas de abrir uma startup no Brasil. O empreendedor, disposto a se aventurar nesse mundo, não deve ter medo do desconhecido, mas sim, entender até onde consegue alcançar com suas ideias e ao mesmo tempo, aprender a colocá-las em prática.

O Grupo Impacta, referência em educação voltada para as áreas de Gestão, Design, Tecnologia da Informação e Mercado Digital, tem 30 anos no mercado e desenvolve uma estratégia de educação chamada Oficina Projeto Empresa – OPE, em que o aluno precisa passar por uma experiência de empreendedorismo, criando uma startup que poderá ou não ser aproveitada no mercado, como o caso do ex-aluno da faculdade, o empreendedor Nichollas Marshell, que criou o aplicativo de Zona Azul, sistema de estacionamento rotativo em São Paulo.

“Todo trabalho e investimento da faculdade são destinados para que os alunos tenham uma formação completa e ampla sobre o setor, gerando mão de obra qualificada para as áreas de tecnologia e correlatas, e que atenda a necessidade e demanda das empresas que buscam pelos melhores profissionais do mercado”, diz Célio Antunes, presidente do Grupo Impacta.

Investimento

A oferta para investimentos de risco no Brasil existe, porém quem decide empreender aqui, passa por um caminho árduo para atrair esses investidores. E é aqui que entra o papel das aceleradoras e dos investidores-anjo, além dos fundos de capital para negócios que ainda estão em formação.

Aportes milionário em empresas brasileiras cresceram consideravelmente nos últimos anos. Pensando nisso, dois ex-alunos da Wharton School da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, fundaram a Wharton Alumni Angels, um grupo de investidores-anjo que tem como objetivo fomentar o empreendedorismo e a inovação aproximando as startups brasileiras de investidores e executivos da Wharton e do Vale do Silício.

“Acredito que a tendência será de expansão, amadurecimento e ampliação do acesso ao capital para as startups brasileiras. Isso se deve ao apetite do mercado em investir e, também, ao aumento de fluxo de dinheiro e aos unicórnios descobertos em 2018. Essa será uma combinação positiva para atrair ainda mais os olhares e os investimentos em 2019”, disse Eduardo Küpper, Co-fundador da WhartonAlumniAngels.

Um mercado unido

Ao contrário das empresas tradicionais, em que as concorrentes não se comunicam entre si, o universo das startups propõe uma troca de experiências e conhecimento entre empreendedores.

Para promover esse compartilhamento de ideias, a Proxy Media, agência de marketing digital, criou, em 2017, o Clube Sou Empreendedor, plataforma gratuita que tem como objetivo fornecer descontos em produtos e serviços para incentivar o empreendedorismo no país, além de permitir que os gestores se concentrem no crescimento do seu negócio.

Para Gabriela Freitas, sócia-fundadora da Proxy Media, a maior motivação para a criação do Clube veio de sua vivência como empreendedora. “Há seis anos, nos tornamos empresários e sentimos as dificuldades no acesso a serviços pensados para PMEs. Em um momento em que o surgimento de empresas estava em alta, notamos que seria essencial desenvolver uma plataforma para unificar as ofertas voltadas para esse nicho”.

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