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Os códigos maliciosos evoluíram e hoje afetam 80% dos negócios

Conhecer a história pode ajudar a entender porque o Brasil é o quarto colocado com mais infecções por ransomware em toda a América Latina
Os códigos maliciosos evoluíram e hoje afetam 80% dos negócios

Os códigos maliciosos são uma preocupação não só de executivos de empresas de todos os portes, mas de usuários de dispositivos tecnológicos em geral. E não é para menos, de acordo com dados da Eset, o Brasil é o quarto país com mais infecções por Ransomware em toda a América Latina. O relatório ainda destaca que o Ransomware é o principal ponto de atenção das organizações. Este código malicioso sequestra informações da vítima e, em seguida, pede um resgate. Receosas de serem atingidas por ameaças como estas, pequenas e grandes empresas dedicam cada vez mais orçamento e recursos para aliviar possíveis incidentes de segurança, o que mostra que a segurança cibernética ganha uma importância cada vez mais significativa.

Estas ameaças afetam quase todas as plataformas utilizadas e se diversificam constantemente. Ao longo do tempo, se tornam também mais complexas, o que muitas vezes facilita sua propagação. De acordo com dados da Safetica, 80% dos negócios passaram por incidentes de segurança no último ano.

De acordo com dados da Safetica, 80% dos negócios passaram por incidentes de segurança no último ano

Os vírus, no entanto, surgiram de uma forma mais simples e menos ameaçadora do que são hoje. Frederick Cohen, um estudante de engenharia da Califórnia criou um código malicioso, e seu professor, Leonard Adleman, decidiu nomeá-lo vírus de computador, em novembro de 1983.

A criação dos primeiros vírus gerou a necessidade da indústria da proteção cibernética. Embora não esteja claro qual foi o primeiro software antivírus da história, a empresa alemã GData Software recebeu o crédito pela criação da primeira solução , em 1987, voltada para a linha de computadores Atari ST. Além disso, o primeiro a neutralizar uma ameaça de computador ativa foi o pesquisador alemão e especialista em segurança, Bernd Fix, que em 1987 desenvolveu um programa para eliminar um vírus chamado Viena.

A história do malware e da indústria da segurança evoluíram. “No meio desse desenvolvimento, surgiram ameaças que deixaram a sua impressão no mundo digital e marcaram época”, conta Denise Giusto Bilic, especialista em segurança cibernética da Eset. Ela cita o worm Morris, no final dos anos 80, Michelangelo nos anos 90, Loveletter também conhecido como Iloveyou em 2000, até o presente momento com ameaças que também fizeram história, como o WannaCryptor.

O WannaCryptor, junto com outros ransomwares, lideram o tipo de ameaça de cibercrimes que mais ocorreram em 2017, segundo a Europol. O relatório mostra que o ransomware ofuscou a maioria das outras ameaças cibernéticas, afetando de forma indiscriminada vítimas em várias indústrias nos setores público e privado. Fraudes bancárias, crimes de engenharia social e golpes para roubo de criptomoedas também são crimes apontados como bastante comuns pela pesquisa.

Apesar disso, a cibersegurança tem passado por transformações muito positivas nos últimos anos, com a criação da General Data Protection Regulation (GDPR) e da Network and Information Security (NIS), ambas medidas de proteção e legislação para cibercrimes na região europeia, e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, que regula o uso de informações por empresas e pessoas no País. Estas medidas visam uma melhoria no fluxo de dados, protegendo usuários e empresas de possíveis extravios e uso indevido desses conteúdos.

A legislação para proteção, aliada aos mais modernos mecanismos de segurança cibernética, são passos bastante importantes ao longo de uma história de 35 anos desde a criação do primeiro vírus de computador. “O que nos mostra que estamos no caminho certo na proteção e segurança cibernética, e que o investimento constante nesse tema é vital para continuarmos a aproveitar da melhor maneira todos os benefícios que a tecnologia pode nos trazer”, avalia Denise.

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