Uma inovação ainda bastante ligada ao conceito das criptomoedas, o blockchain vem se mostrando cada vez mais versátil, angariando a adesão de empresas de diversos setores, que utilizam o modelo de registro descentralizado da tecnologia em seus processos.
Para 2019, especialistas preveem um uso ainda mais abrangente do blockchain, nas mais variadas frentes, porém com uma terminologia diferente: DLT (Distributed Ledger Technology).
A consultoria global Forrester lançou, há pouco, projeções indicando que tal mudança de nome servirá para diminuir a associação da tecnologia com as criptomoedas, que ainda geram insegurança entre alguns gestores de TI.
De acordo com Brayan Poloni Cislaghi, Chief Technology Officer, da Introduce, empresa especializada em soluções e serviços de TI, a mudança de nomenclatura para a tecnologia não altera um fato já consolidado sobre ela: o blockchain vai ganhar espaço, crescendo nitidamente em 2019, e isso inclui forte o mercado nacional.
“Estudos apontam que a receita de serviços de blockchain no Brasil poderá crescer cerca de 63,4% até 2024. Portanto, podemos contar que nomes como Ethereum e Hyperledger Fabric se tornarão mais familiares aos chiefs technology officer (CTOs) muito em breve”, explica o executivo.
Para o CTO, aos poucos os gestores de tecnologia estão perdendo o receio em relação ao blockchain, e isso se dá pela necessidade de inovar para reduzir custos em suas operações.
O especialista cita como exemplo o gigante varejista Walmart, que empregou a tecnologia para controlar sua cadeia de suprimentos (supply chain).
“Os registros descentralizados e imutáveis que compõem o blockchain colaboram para que os gestores tenham mais segurança em suas movimentações, sejam elas financeiras ou de estoques, por exemplo”, complementa Poloni.
No âmbito local, porém, o uso do blockchain – ou DLT – pode ainda não ser uma prioridade para as empresas, conforme aponta o CTO. Segundo ele, toda organização pode usar esta inovação para melhorar seus processos internos, mas cada uma tem seu tempo – e os melhores usos (controle de ativos, transações financeiras, supply chain etc) – para implementá-la.
“De qualquer forma, já temos diversos exemplos de como a tecnologia pode revolucionar as operações, e cabe às empresas avaliarem o impacto que essa mudança pode causar caso queiram adotá-la. Assim fica mais fácil saber o ‘se’ e o ‘quando’ para o blockchain”, conclui o executivo.
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