O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) fechou as primeiras parcerias destinadas a implementar o Laboratório de Alta Potência do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Elétricos localizado em Itajubá (MG). Foram firmados contratos com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Norte Energia, a Companhia Paulista de Força e Luz (Cpfl Paulista) e o Grupo Neoenergia, por meio das empresas Elektro Redes S.A e Potiguar Sul Transmissão de Energia S.A.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, autorizou o Senai a captar até R$ 153 milhões junto a empresas de energia elétrica para implantação do laboratório. “Mais do que demonstrar a credibilidade do projeto, essas adesões são uma reafirmação de sua importância para o setor elétrico. As empresas participantes terão como benefícios o acesso preferencial e diferenciado aos laboratórios do Instituto”, afirma o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.
Além disso, as empresas participantes receberão ao longo dos primeiros 16 anos de operação do centro de P&D do Senai o retorno de 50% do investimento realizado. A medida vai beneficiar o consumidor de energia com o mecanismo da “modicidade tarifária” previsto nos procedimentos da Aneel.
Com investimento total de R$ 425 milhões, o complexo do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Elétricos será pioneiro na região em pesquisa e desenvolvimento de novos equipamentos e sistemas do setor, comparáveis a outras tecnologias de ponta no mundo. O centro ocupará uma área total de 217 mil metros quadrados e 80 mil metros de área útil, na qual serão instalados, inicialmente, quatro laboratórios para atender à demanda da indústria nas áreas de alta tensão, alta potência, elevação de temperatura e ensaios mecânicos.
O Laboratório de Alta Potência terá um gerador de curto circuito especificamente construído para tornar os ensaios de alta potência independentes da rede elétrica da concessionária. O laboratório irá realizar ensaios que hoje são executados em poucas estruturas no mundo devido à complexidade para a produção e manuseio seguro das elevadas potências envolvidas. As condições de alta potência são, em geral, associadas a situações extremas de curto-circuito ou de manobra de correntes elevadas.
Poucos países contam com infraestrutura similar para P&D e realização de testes integrada ao setor industrial. Com o complexo, cuja previsão é estar concluído até 2021, o Brasil irá integrar grupo restrito que conta com os Estados Unidos, Canadá, Japão, assim como países da Europa Ocidental.
A implantação do Instituto em Sistemas Elétricos tem o apoio da Aneel, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Minas Gerais (Fapemig), da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
As obras do complexo em Itajubá foram iniciadas em janeiro de 2015 e a etapa inicial da obra já foi executada, com terraplenagem e asfaltamento da área. O projeto encontra-se agora na fase da construção da subestação de 138kV e em seguida se inicia a construção da estrutura predial.
O Instituto Senai de Inovação em Sistemas Elétricos integra a rede nacional de 26 Institutos, dos quais 24 já estão em estágio operacional, contando atualmente com 290 projetos de pesquisa aplicada, em parceria com empresas dos diversos setores industriais. A implantação da rede tem apoio da Sociedade Fraunhofer, da Alemanha, a maior organização de pesquisa aplicada da Europa, e do Massachusetts Institute of Technology (MIT) de Cambridge, nos Estados Unidos.
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