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Big Data em Telecom – o futuro está próximo

Com o aumento do uso de smartphones e outros dispositivos móveis conectados, as operadoras de telecomunicações têm uma quantidade massiva de dados à sua disposição. 4G, wearables, smartphones e aplicativos móveis mudaram – e continuam mudando – a maneira como as pessoas consomem os serviços de telecom. Espera-se que os volumes de dados sem fio aumentem em mil vezes em 2020. Com mais usuários e dispositivos conectados do que nunca, o mercado de Telecom terá que adaptar sua infraestrutura para lidar com este grande aumento do fluxo de dados, ao mesmo tempo em que precisa encontrar novas formas de se beneficiar desta massa de informações à sua disposição.

Descubra três áreas em que o Big Data – e a tecnologia por ele fornecida – terão maior impacto no setor de telecomunicações:

1 – Conectividade e Fluxo de Dados

Atualmente, o fluxo de informações é tão importante quanto o de mercadorias. O tráfego total de dados móveis cresceu, globalmente, 4 mil vezes nos últimos 10 anos e 400 milhões de vezes nos últimos 15 anos.  Enquanto isso, no Brasil, segundo pesquisa da Cisco, o tráfego de dados móveis terá um crescimento duas vezes mais rápido que o tráfego IP entre 2016 e 2021; e 77% das conexões móveis no país serão conexões “inteligentes” até 2021, comparativamente a 52% em 2016. Impulsionada pelo aumento da conectividade, a economia global também está crescendo. O fluxo global de bens, serviços e finanças pode triplicar até 2025, chegando à incrível marca de U$ 80 trilhões.

Claro que nada disso é novidade. Você sabe que os dados estão crescendo. Afinal de contas, quantas vezes você pega o celular para rolar pelo seu feed de notícias do Facebook, sincronizar seus e-mails ou acompanhar vídeos de tendências do Youtube? Obviamente, você não usava seu telefone dessa maneira há uma década.

Muitos estão pendurando seu chapéu proverbial sobre as melhorias previstas do 5G: velocidade de 10 gigabytes, latência submilissegundo e densidade de usuário exponencialmente melhor.

E por que não amar?

O 5G pode lidar com uma lista aparentemente interminável de formatos digitais em dispositivos e locais: satélites, cabos submarinos, digital, streaming, realidade virtual, machine learning, inteligência artificial. Mas atualmente, a indústria simplesmente não suporta as tecnologias emergentes da Quarta Revolução Industrial.

Além das tecnologias de aprimoramento de infraestrutura, como visualização de rede (NV) ou a rede definida por software (SDN), o 5G exigirá atualizações grandiosas em torno da infraestrutura de energia e resfriamento do setor de telecom.

2 – Segurança de Dados

Sem conexões confiáveis e seguras, novas tecnologias como drones e veículos autônomos ficam expostas aos ataques cibernéticos. O problema é que as redes de comunicação sem fio não foram projetadas para serem tão seguras. Essa falta de segurança é o que possibilita aos robocallers usar discadores automáticos para enganar as pessoas e atender as chamadas telefônicas de quem elas acham que conhecem.

Então, imagine um mundo alimentado pela tecnologia sem fio que é 100 vezes mais rápida do que qualquer recurso disponível hoje. Nós poderíamos – e provavelmente iremos – armazenar todos os aspectos de nossas vidas na nuvem. As tecnologias emergentes exacerbam as preocupações com a privacidade individual e as liberdades civis, transformando-as em debates altamente politizados sobre a segurança nacional e a concorrência.

Obter provedores sem fio para construir redes 5G seguras e uma indústria em grande parte não regulada não é uma tarefa fácil. E mesmo se um portador não protege seu equipamento, acaba frustrando os esforços de todo os outros, enfraquecendo o incentivo das operadoras para investir.

Ainda assim, dado que o 5G irá alimentar dispositivos médicos inteligentes e carros autônomos, muitas operadoras já trabalham em estratégias de segurança mais robustas. Só o tempo dirá se as organizações externas criarão e monitorarão regulamentos adicionais em nome da segurança.

3 – Serviço ao Cliente

Com machine learning e inteligência artificial, as empresas de telecomunicações estão buscando formas de extrair valor de dados que coletaram nas últimas décadas. A enorme quantidade de informações disponíveis paralisa muitos, levando à desilusão quando a administração começa a enxergar um retorno negativo do investimento. Em vez disso, os líderes experientes sabem que não precisam ir além dos dados para encontrar problemas facilmente solucionáveis.

Mas sabemos disso: as empresas têm amplos dados sobre clientes, seus usos e as interações com a empresa. Então, como você pode usar esses dados para aprimorar a experiência do cliente, melhorando o relacionamento e reduzindo a rotatividade?

É simples: seus clientes esperam velocidade e personalização. Agendamento online, janelas menores de compromissos, correções feitas na primeira visita, técnicos experientes, notificações em tempo real e acompanhamento adequado. Claro, pode não parecer tão simples de realizar na prática.

Mas pode ser. Um número cada vez maior de empresas de telecom está aprofundando seus relacionamentos com clientes, otimizando os compromissos de serviços em campo com software de gerenciamento preditivo. A tecnologia inteligente utiliza algoritmos avançados para analisar pilhas de dados em tempo real para prever automaticamente a duração do trabalho, encontrar o caminho mais rápido para o próximo compromisso, atribuir técnicos a trabalhos que correspondam aos seus níveis de habilidade, fornecer conhecimento em tempo real e acompanhar o status do serviço.

O valor do Big Data para o setor de Telecomunicações

À medida que mais e mais usuários recorrem às conexões sem fio para consumo de dados, uma coisa é clara: os consumidores acabam esperando. Embora o Big Data esteja forçando a indústria de telecomunicações a repensar algumas coisas para não seguir o caminho do “beeper”, a inovação e o investimento em infraestrutura e tecnologia que funcionem bem com ele também podem impulsionar a indústria para seguir adiante.

Mudanças são inevitáveis. Você está preparado?

Steve Smith é vice-presidente de Indústrias Estratégicas da ClickSoftware

 

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