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Tecnologias como IA e Blockchain serão chave para a inovação, revela estudo

Pesquisa da IBM revela qual o perfil das empresas que serão mais disruptivas nos próximos anos
Tecnologias como IA e Blockchain serão chave para a inovação, revela estudo

Pesquisa realizada pela divisão de Consultoria de Negócios da IBM revela que as grandes companhias já estabelecidas no mercado, as chamadas Incumbentes, têm maior capacidade de serem disruptivas em seus mercados nos próximos anos. O levantamento feito pelo IBM Global C-suite Study, feito com executivos C-level em todo o mundo, inclusive do Brasil, aponta que 72% dos entrevistados acreditam queas empresas tradicionais e consolidadas serão líderes em ruptura, inovação e competitividade.

O estudo constatou que cerca de 57% das empresas com uma estratégia de disrupção são arquitetos ou proprietários de um modelo de plataforma de negócios

A informação adquirida ao longo de décadas de conhecimento específico de setor se tornou o ativo mais importante e é o principal fator que leva a essa conclusão. Segundo o estudo, tecnologias como Cloud, Inteligência Artificial, Blockchain e Internet das Coisas propiciarão às grandes empresas as ferramentas necessárias para acessar e utilizar com eficácia esses dados.

O Global C-suite Study também identificou três estágios de Reinvenção Digital nas empresas, classificados como Reinventores, Praticantes e Aspirantes, com base no foco na experiência do cliente, implantação de tecnologias digitais, estratégia competitiva e agilidade na organização.

No topo da lista, os Reinventores (27%) estão à frente na inovação e também são superiores em crescimento de receita e lucratividade nos últimos três anos. Suas estratégias de TI e negócios estão muito alinhadas. No entanto, o principal fator que posiciona este grupo à frente dos outros estágios é a eficácia na utilização de dados para identificar necessidades de clientes indefinidas e não atendidas.

Os Praticantes (37%) ainda não desenvolveram as capacidades correspondentes às suas ambições, mas planejam lançar um novo modelo de negócios nos próximos anos. Já para as organizações Aspirantes (36%), o maior desafio é obter a visão, estratégia e as capacidades de execução adequadas, principalmente em relação a funcionários e parceiros.

Adoção de Plataformas

Os Reinventores também estão atualmente liderando a adoção de modelos de plataforma de negócios, seguidos de perto pelos Praticantes. Entretanto, o primeiro grupo se destaca em todos os elementos avaliados pelo, incluindo a escolha deuma abordagem colaborativa, a capitalização de dados e o compromisso com a inovação.

O estudo constatou que cerca de 57% das empresas com uma estratégia de disrupção são arquitetos ou proprietários de um modelo de plataforma de negócios. Criando interações diretas entre consumidores e produtores, além de reunir muitos dados ao longo do caminho, essas organizações estão dominando seus segmentos de mercado e entrando em novos com facilidade.

Aproximadamente 28% dos entrevistados afirmaram que estão realocando parte de seu capital para criar plataformas, movimentação que deve se requerer um investimento estimado em US$ 1,2 trilhão nos próximos anos, um aumento de 174% em relação aos cerca de US$ 420 bilhões já investidos. O estudo aponta que os setores realizando os maiores investimentos em plataformas são: produtos industriais (+25%), eletrônicos (+22%) automobilístico (+20%) e varejo (+17%).

A importância da cultura

Em todas as suas edições, o Global C-suite Study questiona os executivos a respeito de quais serão os fatores de maior impacto nos próximos anos para os negócios. O estudo de 2018 constatou que fatores de mercado (69%), incluindo concorrência e mudanças nas preferências dos clientes, retornaram à posição de liderança, seguidos por tecnologia (63%) e people skills(61%), comprovando o aumento do valor dos ativos intangíveis, como o talento e as ideias.

Neste cenário, os Reinventores são mais eficazes que seus pares na construção de culturas em torno do feedback ativo, empoderamento, co-criação e compartilhamento de conhecimento. Aproximadamente 70% deste grupo respondeu que solicita ativamente a participação de funcionários para desenvolver novos projetos,promove a colaboração e o compartilhamento de conhecimento, investe nas habilidades dos colaboradores e apresenta uma rede adequada de parceiros, fornecedores e distribuidores.

IBM Global C-suite Study

O IBM Global C-suite Study foi realizado por meio de entrevistas com 12.854 executivos de 112 países, incluindo o Brasil, de posições como Chief Executive Officer (CEO), Chief Financial Officer (CFO), Chief Human Resources Officer (CHRO), Chief Information Officer (CIO), Chief Marketing Officer (CMO) e Chief Operations Officer (COO), abrangendo 20 setores da indústria. As respostas foram analisadas utilizando o IBM Watson Natural Language Classifier, que verifica o contexto, temas e prioridades dos entrevistados.

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