O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostra que 32,7 mil novos postos de trabalho foram criados no Paraná entre janeiro e julho – número 40% superior na comparação com o mesmo período do ano passado. No setor de Tecnologia da Informação (TI), os dados são ainda mais significativos: um estudo da Assespro-PR mostra que a taxa de aumento na geração de empregos total foi de 132%, quase quatro vezes superior à média de todas as atividades da economia paranaense.
Durante o período, o Brasil passou de 266 mil postos de trabalho na área para 505 mil. Já no Paraná, o emprego em TI evoluiu de 13 mil postos para aproximadamente 30 mil. Os números colocam o Paraná com 6% do estoque de emprego na área de TI no país, quarto lugar nacional na geração de empregos neste setor.
De acordo com o coordenador do Centro de Tecnologia da Informação da Universidade Positivo (UP), Kristian Capeline, vários tipos de funções vêm sendo criadas na área, como as relacionadas à ciência de dados, business analytics, inteligência artificial, entre outras. “Isso faz com que a necessidade de profissionais aumente consideravelmente”, afirma. “Além disso, cada vez mais as empresas precisam aumentar o setor de TI para se manterem competitivas”, completa.
Mesmo com esse cenário e um crescimento médio de 25% ao ano em número de alunos na Universidade Positivo, Capeline conta que a média de alunos matriculados em cursos de TI no Paraná caiu 29% de 2009 a 2016, e ainda há falta de profissionais qualificados.
“Considerando o aumento da necessidade de profissionais, temos um cenário que agravará o que já temos percebido: que várias empresas estão importando profissionais de outros estados”, destaca o professor.
Até 2022, a Softex projeta um déficit de 400 mil profissionais de TI no Brasil. Atualmente, empresas demoram até 70 dias para preencherem suas vagas, tempo que pode gerar um significativo impacto na operação de uma organização.
O professor cita o princípio econômico da oferta e da procura para justificar a valorização do profissional da área: “muitas vagas e poucos profissionais fazem com que a remuneração no setor seja uma das maiores no mercado”, conta. De acordo com o Banco Nacional de Empregos, carreiras envolvendo tecnologia estão entre as profissões mais bem pagas no país. Para a função de desenvolvedor, por exemplo, o salário médio é de R$ 6.083.
A UP possui cerca de 2 mil alunos e mais de 100 professores na área, divididos em 8 cursos de Graduação (presenciais e semipresenciais de bacharelado e superior de tecnologia) e 9 de Pós-Graduação, nas cidades de Curitiba (PR) e Londrina (PR).
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