Ryan Yackel (*)
Uma estratégia de testes de software moderno é essencial para uma transformação digital bem-sucedida, sendo um elemento crítico. No entanto, ela é, muitas vezes, negligenciada.
Poderia ser o Quality Assurance a peça do quebra-cabeça que faltava na sua busca para oferecer um software de maior qualidade mais rapidamente? O ritmo do desenvolvimento de software está se acelerando e as equipes de tecnologia enfrentam cada vez mais a pressão para adotar modelos de desenvolvimento ágil e entrega contínua, para que seus negócios possam responder mais rapidamente à demanda dos clientes. Mas, a sua vantagem competitiva será prejudicada se você for o primeiro a comercializar software abaixo das necessidades dos clientes.
Caso você não consiga entregar novas experiências digitais de alta qualidade no ritmo atual da demanda dos usuários, sua empresa corre o risco de alienar os clientes. No caso de software defeituoso, pouca experiência do usuário ou um erro catastrófico, o risco de perder uma parcela significativa do mercado é alto, além de prejudicar a reputação.
Na pressa de vencer a concorrência no mercado, as organizações estão transformando os processos de desenvolvimento e entrega de software e por esta razão, com muita frequência, os líderes de negócios deixam de priorizar a transformação do controle de qualidade e as equipes de controle de qualidade ficam presas usando soluções herdadas ineficazes, criadas para ambientes waterfall desatualizados. A realidade é que, enquanto os testadores estiverem usando ferramentas de controle de qualidade legadas, a tão desejada transformação permanecerá incompleta. Os especialistas da cPrime fazem um ótimo trabalho explicando porque a qualidade deve ser priorizada igualmente na busca pelo time-to-market.
As ferramentas de controle de qualidade legadas, como o Micro Focus Quality Center, não conseguem acomodar fluxos de trabalho de desenvolvimento modernos. Elas não se integram às ferramentas de automação de código aberto e oferecem aos testadores opções limitadas para acelerar os ciclos de teste, o que impossibilita a integração do controle de qualidade no gerenciamento do ciclo de vida do aplicativo ou em pipelines de entrega contínua.
Como resultado, as equipes de controle de qualidade não têm a visão necessária e não são capazes de testar o novo código à medida que ele é escrito. O desenvolvimento atrasa ainda mais quando os desenvolvedores não podem acessar rapidamente os resultados dos testes e não conseguem atenuar os problemas encontrados pelo QA. Assim, os lançamentos de novos produtos de software são prejudicados e a qualidade inevitavelmente sofre muito com isso.
Quando o teste ocorre no final de um sprint de desenvolvimento, os bugs geralmente são incorporados ao código, onde são significativamente mais onerosos e consomem mais tempo para serem corrigidos. Como resultado, o mito do gargalo da QA persiste. Ou pior, o processo de QA é acelerado e as organizações acabam entregando softwares defeituosos que não fornecem e garantem as experiências de alta qualidade que seus clientes exigem.
Se você puder integrar a qualidade em processos Ágil e de DevOps em vez de tratá-la como uma reflexão tardia, os testes podem ocorrer quase simultaneamente com o desenvolvimento. Quando um testador encontra um bug, ele pode alertar o desenvolvedor para a imediata correção, em vez de depois de linhas de código terem sido escritas na parte superior da aplicação.
Com a abordagem correta, o controle de qualidade pode ajudar os desenvolvedores a identificar possíveis defeitos antecipadamente e acelerar a entrega do software. Isso significa que a equipe de QA não é mais pressionada para concluir os testes rapidamente como a última etapa de um sprint. Com uma abordagem de teste verdadeiramente ágil, o QA pode se tornar um facilitador estratégico do sucesso nos negócios, em vez de um gargalo.
Agora é a hora de se perguntar: sua equipe de QA é realmente ágil?
(*) Gerente de produto da QASymphony, fornecedora de ferramentas de testes de software.
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