Com a recente aprovação no Brasil da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), uma massa gigantesca de dados passa agora a se enquadrar na categoria das “informações sensíveis” e sujeitas à regulação. Esta nova situação está exigindo das empresas uma rápida revisão de suas políticas de segurança e uma reformulação completa da governança de dados.
A constatação é de Bryan Whorton, um especialista em Gerenciamento da Identidade e Acesso (IAM, na sigla em Inglês), que atualmente exerce a direção da área de Desenvolvimento de Negócios em Governança de Dados da empresa norte-americana Sailpoint. Whorton estará em São Paulo no próximo dia 28 de agosto para participar do seminário Data Access & Governance, promovido pela Netbr e que reunirá cerca de 100 especialistas brasileiros em gestão de identidade e acesso.
Segundo o norte-americano, nada menos que 80% das informações (próprias e de terceiros) custodiadas em data centers empresariais (ou na nuvem) residem em arquivos não suficientemente protegidos, tais como documentos de texto, emails, planilhas, ferramentas colaborativas e aplicações de redes sociais abertas.
“Tal como aconteceu na Europa, com a entrada em vigor da GDPR, a governança de dados vai precisar estender os mesmos níveis de segurança e visibilidade – antes restritos às bases de dados estruturados – para esta imensa zona cinzenta, onde informações não estruturadas e contidas em arquivos avulsos passam a ser um dos principais alvos das ações de manipulação, fraude e roubo de dados”, afirma o especialista.
Além de apresentar ao público brasileiro o novo modelo de Convergência da Governança da Identidade e Dados que a Sailpoint vem disseminando em grandes data centers de todo o mundo, Bryan Whorton traçará um panorama das implicações das novas regulações de dados e seu impacto sobre a insegurança jurídica associada à insegurança de dados de terceiros.
“As organizaçoes vão precisar distribuir responsabilidades para toda a base de colaboradores, atribuindo obrigações e permissões sobre arquivos e bases de dados relativos às suas respectivas áreas de negócio. Nossa tecnologia propõe, para tanto, a criação de painéis de monitoramento online, onde cada “data owner” acompanha os indicadores de acesso e de manejo das informações sensíveis na rede”, completa o especialista.
Juntamente com a exposição de Whorton, o seminário contará com uma apresentação do brasileiro Flávio Bontempo, diretor técnico da Netbr, que aliará a abordagem da conferência entre gestão da identidade e acesso a dados, com a necessária automação de processos, proteção e controle.
“Queremos mostrar como é possível criar uma estrutura moderna de segurança de acesso capaz de varrer toda a estrutura de arquivos inseguros e estabelecer parâmetros concretos para governança segura”, conclui Bontempo.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo