Em um mundo cada vez mais conectado e digital, qual será o futuro do e-commerce e quais são as principais tendências desse mercado já em 2018? Olhando para fora do Brasil já é possível ter uma ideia do horizonte que percorreremos. Neste artigo, compartilho algumas ideias que devem ser levadas em consideração pelos sellers que desejam garantir o crescimento em vendas, em suas lojas físicas e online.
- O renascimento das lojas físicas
Com uma nova geração de lojas de varejo, as interações pessoais são mais importantes do que nunca. A tendência é que as lojas físicas ganhem cada vez mais espaço em uma combinação de showrooming e webrooming, além de eventos, demonstrações de produtos, experiências na loja e muito mais. O varejo puramente online deverá aumentar sua presença física à medida que os consumidores continuam a valorizar a versatilidade e a profundidade das compras on-line e a conveniência de comprar, retirar e devolver itens localmente.
- A Consumerização
As expectativas do segmento B2B (Business to Business) estão hoje focadas nas mesmas funcionalidades e experiências que são ofececidas ao comércio B2C. O crescimento da força de trabalho formada pelos millenials – com grande conhecimento digital, onipresença móvel e a otimização incansável da tecnologia de e-commerce – estão impulsionando o segmento B2B, reconhecido por ser tradicionalmente lento.
Neste ano, muitos compradores e usuários de B2B terão suas primeiras experiências de compras semelhantes à B2C e descobrirão os benecefícios da compra on-line e dispositivos móveis.
- Realidade aumentada em sua casa
A Realidade Aumentada (AR) crescerá ainda mais em 2018 lá fora e isso muito em breve se propagará por aqui também, a partir do lançamento de recursos tecnológicos que permitirão que os consumidores visualizem os itens quase em tamanho real, antes da compra. De sofás a liquidificadores, será possível ver exatamente como um objeto se encaixa em um ambiente, impulsionando os pedidos de item com maior tamanho e contribuindo para minimizar as devoluções no e-commerce, que corresponde atualmente a US$ 260 bilhões globalmente.
- Novas métricas para o sucesso digital do varejo
Muito em breve será possível mensurar o ROI gasto em digital graças a um modelo de atribuição confiável entre digital e na loja: ROPO Ratios (ROPO: “Pesquisa on-line, compra off-line”). As ferramentas para medir a taxa de ROPO do varejista – o impacto nas lojas de campanhas digitais e investimentos – estão agora mais avançadas e prestes a se tornarem mais acessíveis aos varejistas. Combinando dispositivos móveis e pagamento, mídia social, personalização, geolocalização / rastreamento móvel, inventário em tempo real com ferramentas avançadas de análise, sistemas ERP, CRM e PDV, os varejistas poderão contabilizar quais anúncios, listagens e visitas ao site resultaram em compras.
- Checkout via dispositivos móveis X desktop
Não se pode mais ignorar o crescimento expressivo das compras realizadas por meio de dispositivos móveis. Com empresas como Google, Samsung e Apple implementando avanços em sua tecnologia de pagamento (e dobrando sua base de usuários), o check-out móvel deve se tornar o método preferido de pagamento para compras no varejo, com 70% do tráfego de e-commerce até o final de 2018.
- Machine Learning no E-commerce
À medida que as marcas e os varejistas melhoram o aproveitamento dos dados comportamentais e do consumidor, as iniciativas de comércio eletrônico terão um objetivo muito mais específico, aproximando-se da ideia de personalização. Assim como quando os lojistas conheciam os nomes e preferências dos clientes.
A análise baseada no comportamento leva à personalização e à otimização orientada por dados, que as marcas e varejistas começarão a usar com muito maior efeito em 2018, sinalizando o início do fim das táticas de marketing baseadas em dados demográficos.
7 – Compra por voz e SEO
Ainda em 2018, os consumidores falarão com seus dispositivos e usarão a voz para interagir como nunca. Varejistas, comerciantes e marcas terão que mudar as formas de comunicação. Para SEO, espera-se uma mudança radical do cenário, já que a voz geralmente fornece uma única resposta em vez de múltiplos resultados.
- A compra por imagens
Em vez de digitar palavras, muitos consumidores usarão a pesquisa baseada em imagens pela primeira vez em 2018 e até 2020 essas pesquisas representarão 50% de todas as buscas. E o comércio eletrônico precisará estar preparado para oferecer informações detalhadas dos produtos, sendo compatíveis e/ou otimizadas com a pesquisa por voz e disponibilizando o inventário da loja em tempo real. À medida que a automação de análise de imagens se torna padrão em dispositivos móveis, os consumidores poderão tirar uma foto de um objeto e, em seguida, pesquisar o produto exato ou um produto semelhante.
- Experiências de compra fluidas, centradas no usuário e sem navegador
Em um mundo da Internet das coisas (IoT), a dependência de navegadores começará a diminuir. Misturado com aplicativos móveis, interfaces de realidade aumentada e interações por voz, o navegador se tornará um canal entre muitos e não mais o meio de fato pelo qual compramos produtos ou serviços digitalmente. Isso será possível graças a dispositivos móveis, inteligência artificial conversacional, realidade aumentada e dispositivos interconectados e os dados que eles compartilham.
* Ilson Rezende é CEO do ANYMARKET
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