Por Valéria Motta
Ter um plano de carreira ainda é um objetivo que muitos profissionais buscam e esperam das organizações. Não é incomum ouvir indagação a respeito disso nos encontros com colaboradores, e sempre que me deparo com ela, me questiono sobre o que ainda não foi dito, de forma que a pergunta possa ser outra. Por que o desafio da “carreira” não vem de quem a busca? Isto é, porque “carreira” é algo esperado e não proposto por quem a deseja?
É possível que isso não ocorra porque há ainda muitas pessoas e organizações que ignoram ou não se apropriaram do fato de que já vivemos em um ambiente – nas empresas, no país e no mundo – que não nos dá certezas fixas. As mudanças ocorrem sem muita – ou nenhuma – previsão, estamos muito mais interdependentes e cheios de dúvidas sobre o futuro.
Enquanto delineiam o futuro do negócio – ou futuros –, apontam caminhos e direções, as empresas também devem desenhar, inspirar, promover e construir caminhos possíveis para o desenvolvimento coletivo e individual. Desenhar alternativas e munir as pessoas com informações e recursos que as suportem em suas decisões no ambiente de negócios, e dentro do conjunto de valores da organização, é o papel que cabe aos líderes, gestores e aos RHs.
A área de Recursos Humanos tem papel importantíssimo nesse cenário. No lugar do desenho de carreiras preconcebidas e lineares, pode viabilizar uma estrutura flexível e modular de desenvolvimento que estimule a experimentação de papeis e assunção de responsabilidades cada vez mais abrangentes e interligadas e investir na formação de gestores capazes de construir propostas de desenvolvimento à medida que a complexidade dos negócios se altera e novos futuros se apresentam.
Desenvolver uma visão de conjunto e o entendimento das relações intrincadas do sistema organizacional, do negócio, do mercado e do mundo, saber fazer leituras, simular cenários interdependentes, planejar e executar com visão de projeto, focar com ouvidos atentos e olhar aberto, comunicar-se e negociar alternativas etc. são competências que todos devemos buscar para estarmos prontos para as oportunidades.
Assim, entendo plano de carreira como uma trilha de possibilidades, a qual quando decido percorrê-la devo estar relativamente pronto e aberto, pois surpresas e imprevistos virão, dificuldades surgirão, encontros acontecerão, insights, ideias e novas demandas surgirão para modificar o rumo exigindo firmeza e flexibilidade ao mesmo tempo. O que importa para não nos perdermos é ter o foco em mente e em mãos próprias.
*Valéria Motta é diretora de RH da Hughes no Brasil, empresa líder mundial em telecomunicações via satélite, com 50 anos de atuação no País.
Sobre a HUGHES
A Hughes Network Systems, LLC (Hughes) é líder mundial no fornecimento de banda larga via satélite e oferece tecnologias inovadoras de rede, serviços gerenciados e soluções empresariais e governamentais no mundo todo. A Hughes já entregou mais de 4,8 milhões de sistemas para clientes, em mais de cem países. O número representa cerca de 50% do mercado. Com sede em Germantown, Maryland (EUA), a Hughes tem escritórios de vendas e suporte em todo o mundo e é uma subsidiária integral da EchoStar Corporation (Nasdaq: SATS). No Brasil, a empresa está presente desde 1968 e opera com serviços de telecomunicações via satélite desde 2003. A Hughes oferece soluções para diversas empresas, como operadoras, agronegócio, educação, governo, indústria e varejo. São 30 bases técnicas no País e um Centro de Operações de Rede em Barueri, SP. Para mais informações, acesse www.hughes.com.br.
Sobre a EchoStar
A EchoStar Corporation (Nasdaq: SATS) é uma provedora global de operações de satélite, soluções de TV digital e transmissão de conteúdo. Com sede em Englewood, Colorado (EUA), e com negócios em todo o mundo, a EchoStar é pioneira em tecnologias seguras de comunicação, por meio de suas unidades de negócios EchoStar, EchoStar Technologies Corporation e Hughes Network Systems. Para mais informações, acesse www.echostar.com. Siga @EchoStar no Twitter.
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