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Mineradores maliciosos de criptomoedas ganham impulso

O Internet Security Report da WatchGuard, referente ao 1º trimestre de 2018, revela um aumento nos ataques de mineradores de criptografia e várias campanhas de malware segmentadas geograficamente
Mineradores maliciosos de criptomoedas ganham impulso

Segundo o mais recente relatório de segurança Internet Security Report, da WatchGuard Technologies, 98.8% das variantes de malware aparentemente comuns do Linux/ Downloader foram, na verdade, projetadas para entregar um popular minerador de criptomoedas baseado em Linux.

Quase metade de todo o malware escapa das soluções básicas de antivírus

Este é apenas um dos diversos sinais que o malware malicioso de mineração de criptografia está se tornando uma das principais táticas entre os criminosos cibernéticos. O relatório completo detalha os mecanismos de distribuição para esses ataques, e explora outras ameaças predominantes de segurança que visam pequenos e médios negócios (SMBs) e empresas distribuídas.

“Nossa equipe do Laboratório de Ameaça descobriu vários indicadores que sugerem que mineradores maliciosos de criptografia estão se tornando um dos pilares dos arsenais dos criminosos cibernéticos, e continuarão a crescer mais no segundo trimestre,” diz Corey Nachreiner, chief technology officer da WatchGuard Technologies.

“Enquanto o ransomware e outras ameaças avançadas ainda são uma grande preocupação, estes novos ataques de mineradores de criptografia ilustram que os criminosos estão constantemente ajustando suas táticas para encontrar novas maneiras de tirar proveito de suas vítimas. Na verdade, mais uma vez, no primeiro trimestre, vimos quase metade de todo o malware passar por soluções de antivírus básicas, baseadas em assinaturas, devido a vários métodos de ofuscação. Uma forma de cada organização se tornar mais segura contra essas ameaças sofisticadas e evasivas é implantar defesas habilitadas com prevenção avançada de malware, como o nosso serviço APT Blocker”.

O Internet Security Report da WatchGuard oferece insights profundos das principais ameaças de cada trimestre, além de recomendações de defesa para que as pequenas e médias empresas possam se proteger. As descobertas são baseadas em dados milhares de dispositivos Firebox UTM ativos em todo o mundo. Os principais tópicos do relatório incluem:

– Mineradores de criptomoedas estão em alta. Vários mineradores de criptomoeda apareceram pela primeira vez na lista da WatchGuard das 25 principais variantes de malware. Os appliances Firebox têm uma regra chamada Linux/Downloader, que captura vários programas “dropper” e “downloader” de Linux que fazem o download e executam malware. Geralmente, esses droppers baixam uma ampla variedade de malwares, mas no Q1 de 2018, 98.8% deles estavam tentando fazer o download do mesmo minerador de criptografia baseado em Linux. As evidências do segundo trimestre até agora indicam que o malware de mineração de criptografia permanecerá na lista dos 25 principais da WatchGuard e pode até chegar ao top 10 até o final do trimestre.

– Trojan Ramnit retorna à Itália. A única amostra de malware na lista do Top 10 da WatchGuard que não apareceu em um relatório anterior foi o Ramnit, um trojan que surgiu pela primeira vez em 2010 e reapareceu brevemente em 2016. Quase todas (98,9%) as  detecções do Ramnit pela WatchGuard vieram da Itália, indicando uma campanha de ataque direcionado. Como as versões anteriores do Ramnit tinham como alvo credenciais bancárias, a WatchGuard aconselha os italianos a tomarem precauções extras com suas informações bancárias e permitir a autenticação multifator para quaisquer contas financeiras.

– Pela primeira vez, a APAC relata o maior volume de malware. Em relatórios anteriores, a APAC ficou atrás da EMEA e da AMER no número de acessos de malware reportados por uma ampla margem. No Q1 de 2018, a APAC recebeu o maior número de malware em geral. A grande maioria desses ataques foram malwares baseados em Windows e 98% foram destinados à Índia e a Cingapura.

– Quase metade de todo o malware escapa das soluções básicas de antivírus (AV). Os appliances UTM da WatchGuard bloqueiam o malware usando técnicas de detecção baseadas em assinaturas legadas e uma solução de detecção comportamental proativa e moderna – APT Blocker. Quando o APT Blocker captura uma variante de malware, isso significa que as assinaturas AV legadas deixaram ela escapar. Este malware de dia zero (termo usado para o malware que é capaz de evitar os AVs tradicionais baseados em assinatura) foi responsável por 46% de todo o malware no primeiro trimestre. Este nível de malware de dia zero sugere que os criminosos continuam a usar técnicas de ofuscação para superar os serviços de AVs tradicionais, enfatizando a importância das defesas baseadas em comportamento.

– Mimikatz visa os Estados Unidos. O malware de roubo de credenciais, Mimikatz Windows, reapareceu na lista da WatchGuard dos 10 principais malware após vários trimestres de ausência. Dois terços da detecção desse malware ocorreu nos Estados Unidos e menos de 0,1% das detecções foram na APAC, possivelmente devido à complexidade dos caracteres de dois bytes em países como o Japão que usam uma linguagem baseada em símbolos para senhas.

O Internet Security Report completo apresenta uma análise detalhada do recorde do ataque DDoS do GitHub de 1,35 Tbps, assim como a análise dos principais ataques de malware e rede do trimestre e as principais táticas de defesa para PMEs.

As conclusões deste trimestre são baseadas em informações anônimas do Feed do Firebox de quase 40.000 dispositivos UTM da WatchGuard ativos em todo o mundo, que bloquearam mais de 23 milhões de variantes de malware (628 por dispositivo) e mais de 10 milhões de ataques de rede (278 por dispositivo), no primeiro trimestre de 2018.

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