De nove mil profissionais entrevistados em empresas de todo o mundo para um estudo da Insight Avenue, 61% afirmam que ampliarão sua adesão à nuvem pública nos próximos dois anos, muito em função da redução de custos, com 54% das respostas, seguido por disponibilidade (50%) e facilidade de uso (50%).
Outro estudo, da IDC em parceria com a Cisco, mostra que 53% dos executivos de 3,4 mil empresas ouvidas em 17 países projetam aumento de receita em função da adoção da nuvem.
Conforme a pesquisa, empresas que evoluem seu estágio na nuvem, passando à maturidade, tendem a perceber, ao longo da trajetória: crescimento de 10,4% na receita, redução de 77% nos custos de TI e corte de 99% no tempo gasto com serviços e aplicações de TI, liberando, com isso, 72% mais tempo para seus departamentos de TI se ocuparem de funções estratégicas.
Traduzindo percentuais em cifrões, a IDC mostra que organizações que já atingiram a maturidade na nuvem – com todos ou quase todos os sistemas e aplicações críticas rodando neste ambiente – enxergam, em média, receitas adicionais de US$ 1,6 milhão por aplicação implementada em cloud. Já a mesma conta, levada para a redução de custos, fica em – US$ 1,2 milhão.
“Não é de hoje que a nuvem é uma vantagem. Os benefícios estão por todos os lados, e se manifestam em números comprobatórios da eficácia deste formato”, avalia Artur Hansen, diretor de expansão da Cloud2Go, empresa do Grupo NGX especializada em cloud computing.
“Além disso, antigas preocupações, como o receio sobre a nuvem ser ou não segura, caem por terra. Atualmente, há inúmeros indícios de que o ambiente em cloud é mais seguro do que a infraestrutura física, estando resguardado de intempéries, acidentes, incêndios e outros contratempos desta ordem, além de contar com garantia de redundância, programas premium de backup e contingência de dados e sistemas, além de muita resiliência e elasticidade, complementa.
Ainda segundo o especialista, a nuvem é uma opção melhor para quem projeta cortar custos e alavancar receitas no médio prazo. Para respaldar o dado, ele traz informações de mercado que mostram a adesão crescente de setores anteriormente arredios a cloud, como a manufatura, que tem a maior porcentagem de companhias no nível estabelecido pelo IDC como maduro para a nuvem (33%).
O segmento financeiro, também tradicional receoso em relação à cloud, já passa dos 29% em empresas maduras neste quesito. A saúde fica com 28%, segundo o IDC, e setores como governo, educação e serviços profissionais dividem um mesmo percentual de 22%.
Conforme Hansen, a nuvem avança porque seus benefícios se mostram claros e geram rentabilidade de negócios.
“Fazer parte deste avanço é estar inserido na Transformação Digital. Já o contrário é estar fadado a, em pouco tempo, estar fora dos níveis de competitividade exigidos pelo mercado”, sentencia o especialista.
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