A análise preditiva, que está relacionada ao uso e organização de dados com o objetivo de prever e avaliar cenários futuros, ainda é vista como um grande desafio das empresas. Muitas organizações acreditam que ainda não estão preparadas para o uso destas ferramentas.
Porém, estes instrumentos podem aumentar a produtividade e melhorar processos, principalmente porque proporcionam não só a organização de informações internas, como também o uso correto para que tragam resultados efetivos. Quando se trata do varejo, por exemplo, a análise preditiva ajuda a identificar a demanda maior por um produto ou serviço, criar promoções para atender potenciais clientes e identificar produtos que devem ou não ser estocados.
“São tecnologias, como analytics e inteligência artificial, que ajudam a separar os dados que são importantes daqueles que não são, integrar com dados não estruturados como por exemplo uma rede social, fazendo com que exista uma análise mais assertiva de cenários e resultados esperados”, explica Serafim de Abreu Jr, diretor financeiro da IBM.
O executivo palestrou sobre o assunto no CFO Week, evento organizado pelo Experience Club, clube de relacionamento corporativo, em um hotel no Guarujá, nesta sexta-feira, e elencou 4 mitos sobre o assunto, confira abaixo:
Mito 1
É tudo caro
Em geral, as empresas acreditam que é necessário um alto investimento para usar tecnologias que contribuam com a organização e estruturação de seus dados. Porém, este argumento ficou para trás. “Essas ferramentas baratearam muito, até porque não é necessário ser dono de uma delas para usufruir de suas funções, que hoje são consumidas sob demanda na nuvem”, comenta.
Hoje, para ter acesso à licença de um produto, as companhias podem optar por pagar mensalidades para empresas desenvolvedoras de tecnologias. Dentre eles estão o ERP (Enterprise Resource Planning), ou Sistema de Gestão Empresarial, em português, que apoia empresas no controle e integração de dados.
Mito 2
Os dados da minha empresa não podem ser organizados
Muitas empresas acreditam que as informações geradas pelo seu negócio não podem ser inseridas ou integradas a um sistema. Porém, hoje já existem programas que organizam dados não estruturados, ou seja, que não podem ser organizados em linhas e colunas, como é o caso de imagens, e-mails e até vídeos. Portanto, não há mais desculpas, é possível organizar qualquer tipo de dado.
Mito 3
Tecnologia 100% pronta
Acreditar que as tecnologias de inteligência artificial já chegam 100% prontas às empresas é um equívoco fazendo com que não seja aproveitada por completo. Assim como precisamos ensinar um bebê sobre o que é certo ou errado, essas ferramentas também precisam ser estimuladas o tempo todo, porque são cognitivas, ou seja, têm capacidade de aprender. É recebendo estímulos, ou seja, abastecendo os sistemas, com novas informações e números, que elas vão poder dar respostas adequadas e assertivas para o que a empresa precisa.
Mito 4
Vai substituir pessoas
As tecnologias com inteligência cognitiva, ou seja, que têm capacidade de aprender, não têm a função de substituir pessoas, mas, sim, de ampliar a capacidade analítica, reduzir tarefas operacionais e massivas. “Não podemos nos esquecer que o processo de criação é totalmente humano”, explica. Isso significa que são as pessoas que estimular essas tecnologias a aprenderem e serem capazes de ajudar as empresas, como apontar o perfil de um determinado cliente ou tipo de produto.
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