Em uma escala de 1 a 5, o brasileiro possui uma expectativa positiva em relação à tecnologia, de 3,92. Segundo estudo do professor André Miceli, coordenador do curso de MBA em Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV), na mesma proporcionalidade, os que esperam sempre o melhor da tecnologia pontuaram 4,38, os que acreditam que vão perder o emprego, 3,74, e 3,05 afirmam que ela traz angústia.
O estudo indica o impacto da tecnologia na vida do brasileiro. O Índice de Confiança Digital (ICD) mede a confiança de consumidores em diversos segmentos, como mudanças políticas, sociais, econômicas, ambientais ou mesmo tecnológicas.
“Acompanhar a mudança nesse indicador ao longo do tempo será uma fonte de informação importante para mapear quais fatores exercem força sobre a confiança digital e como esse fator pode indicar um comportamento no mercado como um todo”, explica o coordenador do MBA em Marketing Digital da FGV André Miceli.
A pesquisa aponta ainda que os jovens são menos otimistas quanto à tecnologia. O estudo ressalta que, apesar dos jovens de 13 a 17 anos serem os que mais usam a tecnologia para relaxar, eles possuem quatro dos piores desempenhos das sete perguntas do ICD. “O que mais chama atenção é a sensação de angústia e ansiedade, que resulta no pior índice de confiança digital entre todas as outras segmentações por idade”, destaca o professor da FGV.
O público com mais de 65 anos possui o pior desempenho em 3 das 7 perguntas, embora com ICD mediano. Entretanto, chama a atenção o comportamento perante a afirmação “Muitas pessoas vão perder o emprego em função da tecnologia”. Segundo o professor, 80% concordam, mesmo que parcialmente, com essa afirmação. “Isso nos leva concluir que esse público é o que mais se sente ameaçado pelos novos recursos”, conclui André Miceli.
Crise econômica x tecnologia
Apesar do cenário político e econômico no Brasil vir oscilando nos últimos anos, a primeira amostra do ICD revelou que 91% dos entrevistados espera o melhor da tecnologia. “Ninguém, entre as 1.158 pessoas entrevistadas de todas as regiões, faixa etária, gênero ou escolaridade, discorda plenamente que espera sempre o melhor da tecnologia”, analisa o especialista em marketing digital.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo