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Ciclo de alta de inadimplência das empresas pode estar perto do fim, diz Serasa

Embora elevada e em nível recorde, pelo terceiro mês consecutivo, inadimplência das empresas ficou estável
Ciclo de alta de inadimplência das empresas pode estar perto do fim, diz Serasa

Ainda que alto e em nível recorde atingido em janeiro de 2018, o número de empresas inadimplentes ficou estável pelo terceiro mês consecutivo. Na avaliação dos economistas da Serasa Experian pode ser um sinal de proximidade do fim do ciclo de alta da inadimplência das empresas. Em março, cerca de 5,4 milhões de CNPJs estavam negativados, aumento de 9,3% em relação a março de 2017, quando 5,0 milhões de CNPJs acusavam dívidas em atraso. O montante alcançado pelas dívidas das empresas foi de R$ 124,1 bilhões.

De março de 2017 a março de 2018, 92 mil empresas buscaram renegociar suas dívidas pelo serviço gratuito e online Recupera PJ. Pequenas empresas representam 96% e a maioria dos acordos ocorreu no setor de serviços

Entre os segmentos, o setor de serviços é o que reteve o maior número de empresas no vermelho em março de2018, com 47,7% do total, aumento de 1,2 ponto percentual em relação a março de 2017.

Na sequência, as empresas do comércio apresentaram 42,8% de CNPJs negativados, queda de 1,2 ponto percentual se comparado ao mesmo período do ano passado. Na terceira posição, as indústrias, com 8,5%, queda de 0,2 ponto percentual na comparação ano a ano.

Segundo os economistas da Serasa, o crescimento econômico maior neste ano e mais disseminado entre os diversos setores e não apenas concentrado na agropecuária como foi em 2017, e a continuidade da queda das taxas de juros, facilitando a renegociação das dívidas, tende a colaborar na estabilização do nível de inadimplência das empresas.

De março de 2017 a março de 2018, 92 mil companhias inadimplentes buscaram renegociar suas dívidas atrasadas e sair do vermelho por meio do serviço online de renegociação de dívidas para empresas, o Serasa Recupera (www.serasarecupera.com.br), num montante de R$ 87 milhões. As negociações concentraram-se no período da tarde, das 12h às 17h, às terças e quartas-feiras.

As pequenas empresas lideraram as renegociações, com 96%. As médias representaram 3% e a grandes, 1%. A maioria das empresas que limpou o nome veio do setor de serviços, com 54%. Na sequência, o comércio, com 37% e a indústria, com 9%.

A ferramenta conta com 2800 credores, de diversos portes e segmentos, e oferece um ambiente ágil e seguro para o fechamento de acordos. Com isso, mais devedores podem sair do vermelho e retomar o acesso ao crédito. As consultas para o devedor são gratuitas e o cadastro na ferramenta permite que essas empresas sejam avisadas sobre a inclusão de novos débitos com os credores participantes.

“A ferramenta oferece um ambiente ágil, que propícia uma alternativa adicional para credores renegociarem as dívidas com seus clientes. Com isso, mais empresas devedoras podem sair do vermelho e retomar o acesso ao crédito”, diz o diretor de Pessoa Jurídica da Serasa, Marcelo Leal.

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