O Brasil é, de longe, o país latino-americano mais afetado pela epidemia de ransomware de 2017. O país sofreu 55% do total de ataques, quase o dobro da soma de México (23%) e Colômbia (5%). Na América Latina, os ataques de ransomware registraram crescimento anual de 30% entre 2016 e 2017. Em relatório, a Trend Micro projetou que esses ataques tendem a crescer neste ano.
A proliferação dos ciberataques trouxe uma demanda nova para a WatchGuard na América Latina, especialmente no Brasil. “Quem não conhece alguém que vivenciou uma situação de ransomware conhece alguém que conhece”, diz Richard Fontes, diretor de vendas da WatchGuard para a América Latina.
De acordo com o executivo, em 2017, a WatchGuard cresceu 40% no Brasil e 25% na América Latina. Na região, a empresa vem crescendo em média 25% ao ano. Fontes credita o percentual ao modelo de vendas adotado na região. “A América Latina é muito sensível a preço e a oferta de segurança como serviço tem sido um facilitador”, justifica.
A maioria do crescimento se deu na base atual de clientes por conta da demanda de segurança somada a custo. “Antes, as empresas não investiam tanto em segurança. Ela não tinha caráter estratégico. Com o avanço do ransomware ela virou prioritária nos budgets das empresas”, completa. Em 2017, Fontes conta que um novo perfil de cliente é de empresas do SMB.
A WatchGuard é uma empresa global de segurança de rede, Wi-Fi segura, produtos e serviços de inteligência de rede e possui um firewall com recursos extremamente avançados. No Brasil, ela é representada pela distribuidora de valor agregado com foco na área de segurança e infraestrutura de redes Aplidigital. Além disso, a companhia mantém mais 12 parceiros na AL.
De acordo com Fontes, o Brasil tem sido um dos destaques da companhia e, em boa parte, tem a ver com a performance local da Aplidigital. Por ser parceiro MSSP (Managed Service Security Provider) exclusivo da marca no Brasil, a companhia vai na mesma linha e tem mostrado crescimento da mesma ordem.
2018
Com três funcionários atuando em território nacional, a WatchGuard planeja crescer esse número para 15. Além disso, Fontes conta que a empresa reavaliou os planos de ter uma célula de desenvolvimento local. “A ideia é criar um polo de desenvolvimento de TI no Brasil”, diz.
Para este ano, Sandro Sabag, diretor de operações da Aplidigital no Brasil, a expectativa é de aumentar os negócios em 50%. Com a oferta de HaaS (Hardware as a Service) em expansão, o executivo prevê que o incremento deve se repetir na oferta de proteção puxado principalmente pela demanda de ransomware, edge IT e Wi-Fi.
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