• Indústria implanta sistema que eliminou o controle manual da identificação de produtos e expedição
• Investimento de R$ 400 mil teve retorno em menos de um ano
A rotina da maior fabricante de cerâmica e porcelana das Américas, a Oxford Porcelanas, sofreu grande mudança, e para melhor, nos processos de controle de produção e expedição das linhas de produtos. A partir da adoção de código de barras para identificar as peças e lotes, além do sistema de radiofrequência (RFID, na sigla em inglês) para comunicação no sistema automatizado, a fabricante solucionou incorreções da expedição de pedidos, reduzindo a zero os problemas provenientes de quatro mil entregas mensais. Antes de automatizar a identificação de lotes da produção, cerca de 110 entregas apresentavam problemas e precisavam retornar à fábrica, o que gerava custos com logística reversa.
Implantado em parceria com a Parson – startup especializada em tecnologia – e com a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, o projeto recebeu investimento de R$ 400 mil no desenvolvimento de soluções sob medida para as necessidades da Oxford. O padrão GS1 escolhido pela indústria para comunicação por radiofrequência foi o de etiquetas RFID EPC/UHF. Para identificar as linhas de produtos, foi escolhido o GTIN – representado pelo código de barras largamente usado pela indústria no mundo todo, já que grande parte da produção da Oxford é embarcada para diversos países. “A adoção de padrões mundiais facilita as implantações. São dois leitores fixos instalados em cada um dos dois portais, um na entrada do estoque e outro na expedição”, explica Marcelo Correa, gerente de logística e responsável pelo projeto.
Segundo o executivo, após as instalações necessárias para automação do sistema de identificação e expedição, as caixas de jogos de porcelana receberam etiquetas RFID inteligentes (tags) que descrevem o conteúdo como modelo, cor e número de unidades. Ao passar da área de embalagem para o estoque, onde ficam até serem despachados, os pedidos são registrados por um portal que realiza a leitura das tags e identifica as mercadorias contidas em cada caixa.
No estoque, além de a RFID permitir a localização e a identificação exatas dos itens armazenados, a tecnologia dá velocidade e eficiência à separação e encaminhamento das encomendas aos clientes. “Cada encomenda é selecionada e, em seguida, passa por outro portal RFID para conferência e encaminhamento para as cinco docas”, descreve Correa, ao destacar que a radiofrequência permitiu organizar melhor os processos da companhia.
A meta para 2018 é estimular os transportadores que prestam serviço para Oxford a implantarem leitores de RFID em seus processos, para melhorar esta etapa da distribuição. “Como já colocamos as tags em todos os nossos volumes, está tudo pronto para os transportadores ganharem mais eficiência em seus processos de separação e entrega dos pedidos”, afirma Correa.
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