Por Alexandre Glikas *
Os novos hábitos do consumidor, gerados principalmente pelo avanço tecnológico e as novas mídias e, consequentemente, as formas inovadoras de interagir com o público, facilitam para que as empresas consigam coletar uma grande quantidade de informação de seus públicos-alvo. Para conseguir cruzar e analisar esse grande volume de dados, as empresas investem cada vez mais em serviços de Big Data.
Por meio da tecnologia é possível agrupar e avaliar novas fontes de informações caracterizadas por volume, velocidade e variedade, revelando padrões de comportamento de um determinado público ou mercado de forma mais rápida e precisa. A solução baseia-se em ações realizadas pelo consumidor, suas preferências e necessidades. Mas, mais importante que o número de dados reunidos, são os insights e os valores gerados após a análise.
Com isso, as empresas têm a possibilidade de avaliar tudo que capta com mais agilidade e utilizando técnicas que até então, não eram empregadas em uma escala empresarial. Os resultados ajudam em diversas decisões estratégicas do negócio, gerando redução de custos e tempo, desenvolvimento de novos produtos e serviços inteligentemente pensados para o público-alvo, além de decisões ainda mais assertivas.
Todas as empresas, independentemente do porte e área de atuação, podem e devem investir em Big Data. O importante é que busquem inovação e queiram se diferenciar no mercado. Para usufruir de todos os benefícios da tecnologia e otimizar sua utilização, o mais recomendado é terceirizar o serviço com companhias especializadas, que possuam o know how da solução, o que na maioria das vezes pede um investimento inicial menor.
Além da tecnologia, o fornecedor também deve prover análises para a geração de resultados consistentes. Assim, é importante que a empresa tenha um escopo de trabalho, metas e prazos bem definidos, para saber claramente o que está contratando, já que muitas delas não sabem qual é o foco no momento de contratação do serviço, pois não há um roteiro a ser seguido.
Por isso, uma definição de escopo mais simples, dividido em entregas pequenas e parciais pode ajudar quem está iniciando no mundo dos dados inteligentes. Normalmente, há muitas áreas envolvidas em um projeto de Big Data e todas têm necessidades que precisam ser atendidas. Assim, é essencial priorizar as demandas.
Outro ponto importante é que o Big Data, assim como qualquer outra tecnologia, requer uma equipe interna capaz de fazer a governança por completo da solução. Em muitos casos, é necessário um (ou uma equipe de) cientista de dados. Esse profissional irá aplicar um modelo matemático capaz de analisar e extrair valor para a organização. Ter simplesmente uma plataforma (infraestrutura) não basta.
*Alexandre Glikas, diretor-geral da Locaweb Corp, unidade de negócio da Locaweb que atende o mercado corporativo.
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