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Mitos e verdades sobre Inteligência Artificial em RH

De um ano para cá, fala-se muito no setor de Recursos Humanos sobre Inteligência Artificial, conjunto de programas de computador que aprendem a tomar decisões para auxiliar na resolução de problemas. Assim como o termo Growth Hacking foi muito usado há 2 anos em marketing, o futuro do trabalho e do recrutamento, e o papel dos robôs nesse futuro, estão “na ordem do dia”.

Diversas perguntas surgem quando tentamos visualizar o que vem pela frente, às vezes influenciados pelos filmes de ficção científica. Os trabalhadores serão substituídos por robôs? Eles serão tão eficientes a ponto de os humanos se tornarem dispensáveis? São dúvidas cada vez mais reais na comunidade de RH, e o fato é que a Inteligência Artificial (I.A) já está transformando a forma como nos relacionamos com o trabalho. Isso não invalida a necessidade de pensamento humano, mas significa que as nossas atividades estarão cada vez mais vinculadas às máquinas. A Inteligência Artificial depende de um modelo pré-determinado, estruturado por pessoas com a experiência e as habilidades necessárias.

No entanto, é preciso saber que nem tudo que a mídia divulga sobre o assunto é verdade. Atenção às empresas que comunicam a aplicação dessas tecnologias sem comprovações. Busque saber mais, questione a ética no uso das informações, descubra quais resultados foram realmente alcançados. É preciso tempo para que o uso de tecnologias relacionadas à Inteligência Artificial consolide-se.

Discute-se muito sobre a substituição da mão de obra. É preciso lembrar que o computador surgiu para substituir a máquina de datilografar, e o carro para substituir os cavalos. Novas tecnologias transformam as atividades humanas. Mas, segundo estudo da Tata Consultancy Services, empresas que já utilizam I.A com sucesso acreditam que ela vai triplicar os postos de trabalho. Gestores serão cada vez mais importantes para construir estratégias, estabelecer relacionamentos de negócios e desenvolver pessoas. Profissionais de gerenciamento de máquinas, estatística, engenharia de dados, engenharia de processo e qualidade da informação, serão muito demandados.

A área de Recursos Humanos vai ter um papel extremamente relevante nesse cenário, pois em um mundo no qual a tecnologia é commodity, os melhores talentos tornam-se ainda mais um diferencial competitivo. É fundamental que o RH se alie ao machine learning, a fim de ter acesso às informações e aos insights necessårios para conseguir atrair e reter os melhores talentos. Nem sempre, o melhor candidato é o que se graduou na melhor universidade, é fluente em 3 línguas, tirou a melhor nota nos testes de lógica e foi o melhor nas dinâmicas de grupo.

A Inteligência Artificial chegou para facilitar o nosso dia a dia, mas não faz isso sozinha. Os bons resultados só serão possíveis com o trabalho de um RH estratégico em conjunto com as áreas de gestão, tecnologia e negócio. Então, mãos na massa!

*Mariana Dias é CEO e cofundadora da Gupy

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