Por Camila Bernardinelli, gerente de marketing da Teleinfo Soluções
Novos desafios necessitam de metodologias inovadoras. Profissionais de diversas áreas se esforçam para materializar abordagens diferenciadas, mas no final do dia, a empresa ainda precisa apresentar resultados eficientes, lucrativos e imediatos. Nesse cenário, para evitar problemas futuros que podem podar a eficiência de novas ideias, surgiu o Design Thinking, utilizado em diversas áreas para antecipar problemas em projetos que serão desenvolvidos através de um infográfico que mostra os processos aplicados.
O “Pensamento do Design” faz exatamente o que se propõe: reflete sobre os novos caminhos e privilegia a experimentação. Uma abordagem que busca prever e já ter a solução de problemas de um projeto futuro, de forma coletiva e colaborativa, em uma perspectiva de empatia máxima com os stakeholders – as pessoas e projetos são colocadas no centro e todos são envolvidos na ideia.
A abordagem estimula aos profissionais mergulharem no design do projeto futuro para entender como e quais serão as implicações. Os “designers thinkings” são abduzidos para dentro do projeto vivenciando-o e observando o desenvolvimento prático das soluções, como será o dia a dia, e assim oferecendo melhorias e evitando complicações.
Os objetivos são alcançados através do estímulo para a colaboração e empatia entre a equipe. As pessoas são incentivadas a tirar as ideias da cabeça e transportá-las ao papel, nos casos mais comuns utilizando post-its como ferramenta – a melhor forma de tornar o pensamento visual, ou seja, a confusão mental fica mais bem estruturada. E isso oferece novos insights e novas formas relevantes de ver o projeto.
Inovação em ambientes tradicionais
O Design Thinking é uma ferramenta de inovação na solução de problemas e se tornou estratégica para os negócios por ser ideal para estimular a criação de uma cultura de inovação em organizações. Contudo, apesar de muitos entenderem a abordagem como exclusiva para inovação em marketing e projetos, a metodologia pode e já é utilizada em setores tradicionais do mercado.
Talvez em uma das áreas que mais exige tradição, o setor da saúde – sobretudo em hospitais de grande porte, o Design Thinking é utilizado na estruturação da maioria dos novos projetos de tecnologia e CIO. Outro exemplo é o da Teleinfo, empresa especializada em soluções e, por isso, trabalha com novas ideias rotineiramente e empregou o Design Thinking como uma nova ferramenta de trabalho para empregar novos soluções inovadoras de infraestrutura.
A Teleinfo possui um comitê de inovação multidisciplinar, que utiliza a metodologia de Design Thinking, com membros da Diretoria Executiva, Diretoria de operações, Departamento de Marketing, Comercial, Tecnologia e Implantação, onde todos envolvidos pensam desde o desenvolvimento: como será o marketing/peças e como será colocado no portfólio de produtos, a comercialização, implantação até o pós-venda com manutenção, também pensando o design.
Apesar da forma mais comum utilizada, os infográficos com post-its coloridos, na Dinamarca, o design thinking em hospitais vai além: tudo é feito em um tipo de mini me do projeto/solução. O exemplo internacional realiza a construção real do local através de papelão (às vezes no tamanho real, às vezes em uma proporção menor), onde as pessoas que trabalharão no local vivenciam a nova rotina e avaliam a praticidade e efetividade das novas soluções – tudo ofertado por empresas especializadas nesse tipo de serviço.
Na contramão de soluções genéricas que não resolvem efetivamente os problemas, apenas mitigam os efeitos negativos em curto e médio prazo, o Design Thinking possibilita às empresas uma abordagem mais singular, multidisciplinar e, ao mesmo tempo, segura para implantar novos caminhos para novas demandas – seja em agências modernas ou em hospitais tradicionais.
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