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Empréstimo compartilhado cresce e vira opção para PMEs

Nesta modalidade, a empresa pede um valor e é financiada por vários investidores
Empréstimo compartilhado cresce e vira opção para PMEs

Micro e pequenas empresas geraram, de janeiro a setembro deste ano, mais de 380 mil novos empregos, segundo dados do Sebrae/Caged. Para crescer cada vez mais, as PMEs (Pequenas e Médias Empresas) buscam empréstimos, porém em bancos tradicionais, este ainda é um processo muito burocrático e de alto custo.

Segundo a Nexoos, o crescimento de empréstimos P2P de 2016 para cá cresceu exponencialmente

Uma opção é optar por operações de crédito mais simples e baratas em relação às taxas de juros. Famosa nos EUA e Europa, a modalidade peer-to- peer lending (P2P) ou empréstimo coletivo vem se destacando no Brasil por facilitar este processo, conectando investidores e PMEs. Neste modelo, a empresa pede um valor e é financiada por vários investidores.

A Nexoos – fintech que conecta PMEs que necessitam de empréstimos a potenciais investidores – fez um levantamento em sua base e constatou que o crescimento de empréstimos P2P de 2016 para cá cresceu exponencialmente. Foram 2174 investidores e R$ 1,6 milhão financiados em 2016. Até agora, foram 8618 investidores e R$ 24 milhões.

A região Sudeste é a região com mais empresas financiadas (77%). Os motivos de solicitação das empresas financiadas são na maioria para capital de giro (44%) e expansão (34%), mas também variam entre refinanciamento (10%) e compra de estoque (9%).

A seleção das empresas é criteriosa, mas a análise de crédito é totalmente diferente das praticadas pelas instituições financeiras tradicionais: digital e 90% automática, com o uso de inteligência artificial. São avaliados dados sobre o potencial do negócio, como consultas automatizadas aos bureaus de crédito, pré-análise automática e até avaliações de redes sociais.

“Geralmente as pessoas costumam associar os empréstimos a dívidas e por isso, ele costuma ter um caráter negativo. Mas empréstimos não necessariamente são feitos em um momento delicado da empresa. Eles são uma oportunidade para crescimento e investimentos”, explica Daniel Gomes, CEO da Nexoos.

O executivo destaca ainda, a importância da transparência do processo: “a empresa precisa detalhar o uso que fará do dinheiro arrecadado (para que o investidor decida ou não financiar esta ideia) e o empreendedor também precisa saber qual o custo total do empréstimo, já com as taxas aplicadas”.

Com dois anos de operação, a fintech já financiou mais de 180 empresas e realizou mais de R$ 22 milhões em operações de crédito para PMEs.

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