O Uber, uma das maiores prestadoras mundiais de serviços de transporte urbano, reconheceu que hackers roubaram dados pessoais de 57 milhões de usuários e de motoristas. Neste caso, além do prejuízo de imagem gerado pelo roubo em si, existe uma agravante: o vazamento ocorreu em outubro do ano passado e por todo esse tempo foi ocultado pela empresa, que optou por pagar US$ 100 mil aos criminosos.
Os dados roubados incluíram nomes, endereços de e-mail e número de telefones de 50 milhões de usuários em todo o mundo. As informações pessoais de cerca de 7 milhões de motoristas também foram acessadas, incluindo algo como 600.000 números de carteiras de motoristas norte-americanos. Em razão do ocorrido, o Chief Security Officer foi desligado da empresa, que somente agora decidiu revelar o fato de ter pago resgate para os criminosos deletarem os dados roubados e não divulgarem o vazamento.
Na opinião de John Gunn, Chief Marketing Officer da Vasco Data Security, “o vazamento de dados do Uber é alarmante não somente por sua magnitude, mas principalmente pelo esforço intensivo que a empresa parece ter feito no sentido de esconder o roubo, violando a confiança de seus clientes e provavelmente as leis que exigem transparência nesses casos”.
Na análise do executivo, os consumidores demostraram uma expressiva tendência de perdoar empresas vítimas de criminosos cibernéticos tais como Home Depot e Target mas lembrou que essas organizações mostraram sua preocupação com o bem-estar de seus clientes. “Agora teremos a oportunidade de ver se a resposta dos consumidores será diferente em relação a uma empresa que optou por um outro caminho e que tem sido acusada múltiplas vezes de mau comportamento”.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo