Segundo a Trend Micro, os centros urbanos estão implementando uma série de sistemas tecnológicos cada vez mais avançados e a combinação de sensores e redes utilizados em conjunto com os dispositivos móveis possibilitam a criação de cidades inteligentes capazes de reduzir a poluição, serem mais seguras, terem um melhor envolvimento com os moradores e opções de transporte mais acessíveis.
Com as projeções apontando a maioria da população (65%, segundo a Postscapes) morando em centros urbanos até 2040, iniciativas centradas na Internet das Coisas para o desenvolvimento de cidades ao redor do mundo são extremamente válidas.
No entanto, de acordo com a Trend Micro, ao mesmo tempo que as cidades ficam cada vez mais inteligentes, também cresce o número de ameaças que devem ser consideradas e abordadas para garantir que os sistemas inteligentes da cidade permaneçam seguros. Os governos locais e os planejadores da cidade devem trabalhar para fortalecer sua segurança digital juntamente com suas capacidades tecnológicas.
O que exatamente são “cidades inteligentes”?
Uma cidade inteligente é uma área urbana que potencializa dispositivos e estratégias tecnológicas – incluindo sensores, automação, sistemas de monitoramento, gravação de vídeo e áudio, comunicações wireless e outras plataformas IoT – para simplificar a gestão e o governo do município e de seus cidadãos. Essas tecnologias funcionam em conjunto com sistemas utilitários, como transportes e redes sociais.
De acordo com o eGovInnovation, cidades como Londres, Cingapura, Seul e Barcelona já contam com projetos urbanos inteligentes em áreas metropolitanas ao redor do mundo. O Gartner previu que, até 2020, as cidades inteligentes incluirão 9.7 bilhões de dispositivos IoT conectados, incluindo aqueles para uso na área de saúde, serviços públicos, edifícios comerciais, casas inteligentes, transporte e outras áreas.
São Paulo prepara o caminho para cidades inteligentes sul-americanas
A cidade de São Paulo conta com um dos mais recentes desenvolvimentos no setor de smart cities no Brasil. Em junho deste ano, a colaboradora da ZDNet, Angélica Mari, informou que o prefeito da cidade, João Doria Jr., apresentou planos que tornariam São Paulo a maior cidade inteligente no país.
A simplificação no acesso a diversos serviços é apenas o primeiro passo para a criação do futuro digital de São Paulo. Doria e o governo da cidade também criaram um novo cargo – Secretário de Inovação e Tecnologia, ocupado por Daniel Annenberg – para ajudar a garantir que as iniciativas de cidade inteligente continuem sendo uma prioridade.
Uma das principais funções de Annenberg é liderar o processo de digitalização do diário oficial do governo. Doria observou que, embora este seja um pequeno passo, permitirá uma economia de US$ 3 milhões por ano.
São Paulo também irá instalar 10 mil câmeras de vigilância avançadas em toda a cidade. A primeira fase da implantação incluiu 1.560 novas câmeras colocadas em áreas de grande criminalidade. Há planos para investimentos em drones para auxiliar o trabalho da polícia na cidade.
Cidades inteligentes observam um aumento crescente de ameaças digitais
Embora esses sistemas avançados tenham vantagens tangíveis e impactantes – como uma mais segurança, redução dos tempos de resposta a crimes e emergências, bem como economias globais dos recursos financeiros – um maior número de sistemas conectados também resulta em mais ameaças digitais.
Na verdade, de acordo com o colaborador da Dark Reading, Todd Thibodeaux, apenas 12% dos governos municipais sentem-se muito confiantes com os recursos que têm para lidar com o crime cibernético. Os exemplos do que pode dar errado têm recebido atenção pública há anos, incluindo o hackeamento de um sistema de sirene de emergência em Dallas, no início de 2017, e a invasão de uma barragem de água em Nova York, em 2015.
Proteção das cidades inteligentes
Para garantir que os investimentos em cidades inteligentes possam oferecer os benefícios prometidos, os funcionários do governo devem tomar as medidas de segurança corretas durante os processos de instalação, configuração e lançamento. Essas medidas começam com a rede subjacente na qual os dispositivos inteligentes da IoT e outros sistemas estarão conectados.
Além disso, antes que os dispositivos da cidade inteligente sejam lançados, uma análise detalhada deve ser realizada. Este passo proativo garante que, se houver algum problema de segurança em um sistema, ele será identificado e tratado antes que o sistema fique ativo em toda a cidade. Os funcionários do governo podem contratar fornecedores independentes para realizar esses testes e devem criar um cronograma para que os testes ocorram regularmente.
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MATÉRIA DE CAPA | TIC APLICADA
Campo digitalizado: sustentabilidade e eficiência
TELECOMUNICAÇÕES
Infra para Conectividade: competição quente
NEGÓCIOS
Unidos para inovar
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