O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço implantou um Grupo de Trabalho da Indústria 4.0 parapropor uma estratégia nacional para a indústria 4.0. O GTI 4.0 desenhará o plano de desenvolvimento buscando sua correlação com outras ações governamentais em curso que impactam a indústria nacional.
Segundo o ministro do MDIC, Marcos Jorge, o Brasil tem a oportunidade de vivenciar um marco na evolução industrial e contribuir para a elaboração de propostas de políticas públicas fundamentais para a transformação do setor.
“A indústria 4.0 incorpora novas tecnologias à indústria tradicional, conectando nossos parques fabris às nuvens, a sistemas sensoriais virtuais-físicos, entre outros. A transformação digital é um desafio e uma oportunidade para a indústria brasileira, porque o investimento em tecnologia, certamente, implicará avanços na competitividade da nossa indústria”, completou.
“O INPI está se estruturando para atender às demandas de proteção jurídica das novas tecnologias da manufatura avançada, a indústria 4.0, especialmente por meio de patente e de registros de programa de computador, topografia de circuito integrado e desenho industrial – afirmou presidente do Instituto, Luiz Otávio Pimentel.
O GTI 4.0 é coordenado pelo Gabinete do MDIC e conta com a participação dos ministérios da Educação; Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações; Fazenda; Trabalho e Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, entre outros. Também integram o grupo o BNDES, a FINEP, a EMBRAPII, o CNPq e a CAPES. O setor privado está representado por diversas associações e entidades de classe. A academia é representada por Instituições de Ensino e Pesquisa que desenvolvam atividades relacionadas à Indústria 4.0 e Manufatura Avançada.
Estratégia
Segundo o ministro, o MDIC realizou uma pesquisa na qual identificou os pontos prioritários para uma estratégia governamental para a Indústria 4.0 e identificou que como prioritários o desenvolvimento e conhecimento tecnológico, mecanismos de inserção e adoção de tecnologias, habilidades sistêmicas e formação educacional 4.0, fomento e financiamento para a adoção e geração de tecnologias para a indústria 4.0.
“Espera-se uma participação plural, em um projeto coletivo, envolvendo os diversos segmentos da sociedade brasileira, na elaboração de propostas com impacto de curto e médio prazo, constituindo uma plataforma para o diálogo de políticas públicas. Temas prioritários como aumento da competitividade das empresas brasileiras, mudanças na estrutura das cadeias produtivas, um novo mercado de trabalho, fábricas do futuro, massificação do uso de tecnologias digitais, startups, dentre outros, serão amplamente debatidos e aprofundados neste GTI 4.0. A participação dos senhores com envio de contribuições resultará em importantes medidas que impulsionarão a Indústria 4.0 no Brasil”, concluiu Marcos Jorge.
Parceiros
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) vai disponibilizar no próximo ano R$ 5 milhões para os testbeds, que são plataformas de experimentação de novas tecnologias em um ambiente que reproduz em escala um cenário real. Segundo Guto Ferreira, o trabalho será concentrado em dois polos dentro desse projeto: um é o modelo de maturidade e outro é o desenvolvimento dos testbeds. “Nos próximos dez anos, teremos uma atualização do maquinário entre 40% e 50% do nosso parque fabril. É uma atualização muito sensível e extremamente necessária. Se a gente conseguir casar essa atualização de maquinário com a tecnológica com os temas de 4.0, isso obviamente fará o Brasil dar um grande salto”.
Os testbeds são laboratórios-piloto colocados em algumas áreas ou plantas específicas, dentro de alguns setores que identificados pela ABDI sob o comando do MDIC. “Vamos identificar quais setores estão prontos para dar esse salto de 4.0. O setor têxtil, por exemplo, já tem feito grandes avanços em 4.0. Para estes testbeds a ABDI vai disponibilizar já para o orçamento do ano que vem R$ 5 milhões”, afirmou.
*Com informações do MDIC e INPI
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