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Indústria 4.0 pode sanar gap de competitividade do Brasil

Segundo Natanael Kaminski, da Pollux, transformação digital nas indústrias é inevitável, mas ainda inexplorada em todo o seu potencial no País
Indústria 4.0 pode sanar gap de competitividade do Brasil

No ranking mundial de competitividade do Fórum Econômico Mundial o Brasil ocupa atualmente a 81ª colocação. Em 2016, o País caiu seis posições, apresentando a pior performance desde que a medição teve início em 1997. Em quatro anos, o Brasil caiu 33 posições, revelando o agravamento da crise econômica e o declínio da produtividade no País. Esse panorama revela um momento de encruzilhada que a indústria brasileira vive. E esse gap, segundo Natanael Kaminski, diretor de Novos Negócios da Pollux, somente a indústria 4.0 pode sanar.

Novas unidades de negócios devem surgir à medida que novas tecnologias sejam desenvolvidas. Uma delas deve de Inteligência Artificial

A transformação digital nas indústrias é inevitável, mas ainda inexplorada em todo o seu potencial, e a proposta da Pollux, empresa de tecnologia industrial, é aproveitar essas oportunidades e também contribuir para a criação de um ecossistema para a indústria 4.0 no Brasil. Recentemente, Kaminski se uniu a cerca de 30 executivos do mercado corporativo de TI para criar a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII). Totvs, Senior Sistemas e algumas startups participam da entidade. O objetivo é criar ofertas integradas e inovadoras e realizar provas de conceito para acelerar a adoção da indústria 4.0.

Há 20 anos no mercado, a Pollux tem a operação dividida em três Unidades de Negócios. A Pollux Automation, com soluções para linha de montagem automatizada; a Pollux Robotics, que trabalha a oferta da robótica de colaboração, ou seja, robô como serviço; e a mais recente Pollux Digital, voltada a ofertas que incluem as tecnologias de IoT e indústria 4.0.

Embora a unidade Automation esteja mais consolidada na operação da empresa, representando 50% da receita, na estratégia para este ano a empresa está dando mais foco à oferta do robô como serviço. Segundo Kaminski, o modelo de locação da Pollux oferece economia de mais de 50% no custo da produção. “Com todos os turnos, uma fábrica gasta cerca de R$ 240 mil por ano com mão de obra. No pay per use o custo anual cai para R$ 100 mil”, diz.

A adoção deste modelo é um movimento de escala mundial e, mapeando oportunidades em clientes, a empresa identificou a necessidade de desenvolver um modelo de monitoramento remoto desta operação. Assim, em janeiro de 2017, nasceu a unidade Digital, que divide com Robotics a atenção no foco estratégico. O objetivo foi criar suites para conectar e sensorizar aplicações no chão de fábrica. As unidades Digital e Robotics Colaboration atualmente representam 50% da receita da empresa, mas a ideia é que esse percentual aumente.

Estratégia

A ideia, segundo o executivo, é expandir as vendas das duas unidades. No caso da Digital, ele aponta a vertical de agribusiness como potencial. Embora tenha sua oferta feita somente por vendas diretas, Kaminski não descarta ter no médio prazo um modelo de vendas indiretas para a integração de soluções complementares.

O próximo passo, segundo ele, é acoplar recursos de inteligência artificial e análise preditiva nas ferramentas. Ex-estudante do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Kaminski destaca o acordo que a Pollux tem com um time de profissionais da universidade para intercâmbio e desenvolvimento de software.

Kaminski planeja abrir novas unidades de negócios à medida que novas tecnologias sejam desenvolvidas. Uma delas deve de Inteligência Artificial (IA). A expansão internacional também está nos planos da Pollux, que mira os mercados da Argentina e México.

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