A tecnologia ainda está longe de ser massificada, mas começa a dar sinais de avanços. O Blockchain, que dá apoio ao Bitcoin, recentemente entrou para o radar de uma variedade de indústrias por conta da sua capacidade de validar transações digitais, principalmente financeiras. Embora ainda não esteja muito claro como será a dinâmica para o mercado, para a DocuSign, a tecnologia tem tudo a ver com o seu produto. “Nos EUA já é possível assinar um contrato e automaticamente ser debitado”, explica Marco Americo Antonio, vice-presidente da DocuSign.
Com Blockchain no radar, por aqui, a empresa ainda foca na oferta de Digital Transaction Management (DTM). Segundo o executivo, cerca de 90% das empresas que implementam sistemas de gestão para operações core, acabam usando métodos tradicionais para a entrega de documentos. A digitalização é premissa para o sucesso da implementação e uso de sistemas de gestão, acredita Antonio.
Avaliada em US$ 3,4 bilhões e em momento de preparação pré-IPO nos EUA, a empresa não revela muitos detalhes sobre ou números da operação local. Porém, observa um crescimento de 136% no número de clientes no Brasil . No mundo, o índice foi de 50%. A venda recente da sua unidade de certificação digital para a Soluti dá sinais de que pretende seguir focada na oferta de Digital Transaction Management (DTM).
Embora o Brasil ainda esteja atrasado cerca de 2 anos em relação aos EUA, Antonio frisa que por aqui a cultura de “cartorização” impede uma massificação da assinatura digital. “Temos que quebrar essa barreira cultural. É um movimento de baixo para cima. Já existem conversas entre empresas e associações para avançar nesse sentido”, pontua.
Fundada em Seattle (EUA) em 2002, a DocuSign tem a sede no Vale do Silício e, segundo o executivo é uma das grandes catalisadoras da transformação digital. Na América Latina, a empresa atualmente tem parcerias estratégicas de empresas que atuam como sócio investidores, como a Microsoft (que usa a plataforma DocuSign no Office 365), a SAP e a Salesforce. “Temos parceria com a Apple para o iPad corporativo, mas não é investidora”, pontua Antonio.
Na empresa desde 2015, Antonio diz que a estratégia para este ano tem como foco o core business da empresa. Segundo ele, no Brasil as oportunidades estão nos segmentos de finanças, seguros, telecom e educação. A DocuSign atua com força de vendas diretas, feitas no canal de e-commerce, e indiretas realizadas via parceiros. No Brasil, o e-commerce tem mais adesão entre pessoas físicas e mercado SoHo. Já a parcela de vendas indiretas atende ao mercado segmentado. “Nossa rede de parceiros é formada por canais da Microsoft. No caso de projetos com SAP, usamos o apoio da equipe da empresa”, explica o VP.
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5G impõe seu ritmo
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