O setor de TI faturou em 2016 R$ 10,5 bilhões no último. O número representa uma queda de 9% e é R$ 1 bilhão menor do que o valor acumulado em 2015. É a terceira queda seguida da área. Os dados fazem parte do levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abradisti) e do IT Data. Para 2017, no entanto, a expectativa é que esse quadro se reverta, com alta impulsionada a partir do aumento da oferta de serviços em seus portfólios e variedades de produtos.
Segundo Mariano Gordinho, diretor-executivo da Associação, o cenário visto nos últimos anos tem sido provocado, principalmente, pela variação do câmbio e a oscilação política do país. Outro fator que contribuiu negativamente foi o avanço das vendas ilegais, quando as revendas passam a buscar fontes paralelas de distribuição. “Vale dizer, no entanto, que esse resultado poderia ser pior, não fosse a estabilização do dólar na última parte do ano passado”, ressalva o executivo.
Além das condições econômicas, algumas categorias de produtos também impactaram diretamente para esse resultado em queda. Nesse cenário, destaque para o comércio de PCs e Notebooks, que teve retração de 28% no último ano – embora a expectativa seja de que esse ramo fique estável em 2017. Junto a isso, a venda de Componentes, por exemplo, registrou perda de participação, caindo de 15 para 12,6% na movimentação geral do segmento.
Por outro lado, novas categorias ganharam destaque, sobretudo em relação aos produtos não relacionados diretamente à Tecnologia da Informação, como a venda de TVs, Telefonia e outros. Essa proposta de atuação aumentou significativamente seu impacto nas vendas da Distribuição, ampliando sua participação de 16,6% para aproximadamente 20,3%.
Vale ressaltar, ainda, o fortalecimento de áreas tecnológicas em expansão, com os serviços de Computação em Nuvem que, em 2015, representavam 0,1% das vendas e que fecharam o ano passado como responsável por 2% das oportunidades fechadas pelas distribuidoras. No mesmo caminho, seguem as Soluções de Segurança Digital e de Automação Comercial, impulsionadas pelas demandas locais e de consumo.
2017
As áreas em crescimento devem ganhar ainda mais força ao longo de 2017. Além disso, há, ainda, a própria recuperação da economia nacional, que tem dado sinais de melhora nos últimos meses. Juntas, essas condições ajudam a explicar as projeções de retomada do setor de Distribuição para este ano.
Para os distribuidores, a expectativa é de que a receita obtida avance cerca de 11%, impulsionada pela manutenção das vendas de Notebooks e a valorização de outras categorias. Já para a Abradisti e o IT Data, a expansão do setor deve ser um pouco menor: o levantamento prevê 7% de valorização, com faturamento estimado para R$ 11,2 bilhões.
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