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Black Mirror: empresa alemã desenvolve robôs animais

Criados pela alemã Festo, objetivo é colaborar para o futuro dos processos de produção dos mais variados tipos de fábricas
Black Mirror: empresa alemã desenvolve robôs animais

Muito se fala de Inteligência Artificial (IA). Enquanto conceito é perfeitamente claro perceber sua usabilidade. Estimativas, como a da Research and Markets, apontam que o mercado global de soluções de IA pode movimentar cerca de US$ 23,4 bilhões até 2025. Porém, ela já é realidade e podemos dizer que vivemos em tempos de Black Mirror, série de ficção científica do Netflix que aborda o uso de tecnologias futuras.

A ideia é aproveitar a força e inteligência dos animais para melhorar as atividades tradicionalmente humanas, fazendo uso da tecnologia robótica

Prova disso é o desenvolvimento de robôs inspirados em animais, iniciativa da multinacional alemã Festo. A empresa criou o Bionic Learning Network, local que reúne biólogos, engenheiros e estudantes e já criou cinco animais robóticos produzidos com conceito da indústria 4.0 e tecnologia de IA.

Segundo a empresa, o objetivo é colaborar para o futuro dos processos de produção dos mais variados tipos de fábricas. A ideia é aproveitar a força e inteligência dos animais para melhorar as atividades tradicionalmente humanas, fazendo uso da tecnologia robótica.

Os sistemas inteligentes e, em certa medida, autodidatas, serão essenciais para assegurar os níveis de produtividade exigidos na fabricação de produtos, completa a empresa. Por esses processos exigirem personalização, os robôs adaptáveis são ideais para a sua construção. Apesar de a Festo garantir que o futuro das fábricas e dos processos de produção passarão pela automação e por seres biônicos, o público em geral não deverá ter acesso a este tipo de tecnologia.

Veja os robôs já desenvolvidos pela empresa:

BionicANTs

Os engenheiros da Festo estudaram a delicada anatomia das formigas para criar algoritmos complexos que traduzem o comportamento cooperativo das formigas para a tecnologia. Os BionicANTs demonstram como as unidades individuais podem reagir em diversas situações, coordenar-se ente si e atuar como um sistema em rede global. Elas trabalham juntas, se comunicam e coordenam suas ações e movimentos. Cada uma das formigas toma decisões automaticamente e desempenha seu papel na resolução de uma tarefa. Esse comportamento cooperativo oferece abordagens interessantes para a chamada “fábrica do futuro”.

eMotionButterflies

A empresa uniu a construção ultraleve de insetos artificiais com voo coordenado em coletivo. As borboletas têm uma rota pré-programada que especifica os percursos de voo. Caso alguma delas saia do trajeto já estabelecido, o sistema de câmeras mede a posição real de todos os objetos voadores 160 vezes por segundo e corrige o erro, fazendo com que a manobra da borboleta mude e todas voem em harmonia.

AquaPenguins

O pinguim possui um contorno hidrodinâmico. Sua elegante propulsão de asa, cabeça e cauda podem ser movidas em todas as direções, o que permite que o pinguim robótico faça manobras em condições espaciais apertadas e até nadar para trás, ao contrário de seus equivalentes biológicos. Os pinguins biônicos são concebidos como veículos subaquáticos autônomos que se orientam de forma independente e navegam através da bacia hidrográfica. Eles têm um sistema de sonar 3D, igual aos golfinhos, que permite a comunicação com o ambiente e com outros pinguins robóticos para evitar colisões.

BionicKangaroo

Ele conta com tecnologia de acionamento pneumático e elétrico com uma estrutura leve, segredo para a agilidade e estabilidade da máquina. A cinemática de salto estável, mais a tecnologia de controle preciso garantem estabilidade ao pular e pousar. Como um animal real, BionicKangaroo recupera energia ao saltar, armazenando-a para saltos subsequentes.

AqueJelly

A água viva desliza de maneira elegante e aparentemente sem esforço na água. Isso é sustentado por tentáculos adaptativos, que são controlados por uma movimentação elétrica em seu corpo. A tecnologia integrada de comunicação e o sensor tecnológico em conjunto com os diagnósticos em tempo real permitem o comportamento coordenado e coletivo de várias águas-vivas, mesmo em um espaço ilimitado.

 

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