A IoT irá em breve se disseminar em larga escala. Segundo estudo global ‘A Internet das Coisas: hoje e amanhã’, publicado pela Aruba, uma empresa da Hewlett Packard Enterprise, 85% dos negócios pretendem adotar a IoT até 2019, guiados pela necessidade de inovação e de eficiência nos negócios. Embora a análise confirme os claros benefícios dos investimentos em IoT, o relatório da Aruba alerta para o fato de que conectar milhares de coisas às atuais redes corporativas já resultou em brechas de segurança para a maioria das organizações.
Para realizar a pesquisa foram entrevistados 3.100 tomadores de decisões das áreas de TI e negócios em 20 países, para avaliar o atual estado da IoT e seu impacto em diferentes indústrias. O estudo mostra que, enquanto quase todos os entrevistados (98%) têm ideia do que é IoT, muitos não têm clareza da definição exata de Internet das Coisas e do que ela representa para o mundo dos negócios.
Como as organizações globais estão usando a IoT
A pesquisa da Aruba revela vários níveis de maturidade da IoT em diferentes setores da indústria. As cinco seguintes verticais de indústria são as líderes em adoção da IoT e têm obtido benefícios tangíveis a partir de estudos de casos focados na adoção.
Empresas criam um ambiente de trabalho inteligente para produtividade e eficiência:
- Mais de sete em dez (72%) das empresas adotaram dispositivos de IoT no ambiente de trabalho. Serviços internos baseados em localização aparecem como o segundo mais promissor uso para aprimorar a produtividade dos empregados, atrás de monitoramento remoto. Vinte por cento reportaram a operação remota de iluminação e controle da temperatura de prédios como o uso principal. Porém, esse número mais que dobra, atingindo 53%, quando a questão é implementações futuras.
- Ao olhar para os resultados tangíveis realizados, 78% afirmam que a adoção da IoT no ambiente de trabalho aprimorou a eficiência de seu time de TI e 75% apontam crescimento na lucratividade.
O setor industrial aumentou a eficiência nos negócios e a visibilidade com o uso da IoT para monitoramento e manutenção.
- Mais de seis em cada dez entrevistados (62%) do setor industrial responderam que já adotaram IoT. O seu uso para monitorar e manter funções essenciais da indústria foi identificado como o de maior impacto. Atualmente, o uso de câmeras IP de monitoramento para segurança física em indústrias está ainda em sua fase inicial, com apenas 6% tendo adotado essa tecnologia. Contudo, quando questionados sobre futuras adoções, o resultado foi multiplicado por cinco, atingindo 32%.
- Nesse setor, 83% apontaram o crescimento na eficiência dos negócios e 80% identificaram aumento na visibilidade em toda a organização.
Saúde adota IoT para aprimorar o monitoramento de pacientes, reduzindo custo e promovendo a inovação:
- Surgindo como o terceiro mais avançado setor na adoção da IoT, cerca de 60% das empresas de saúde já implementaram equipamento de IoT em suas unidades.
- Nessa área, 42% dos executivos apontam como número um em uso de IoT o item monitoramento e manutenção — acima de todos os outros setores. Isso destaca a importância do monitoramento de pacientes por meio da Internet das Coisas na atual indústria de saúde.
- Oito em dez respondentes apontaram o crescimento na inovação e 73% destacaram o corte de custos.
Varejistas promovem o engajamento de consumidores e aumentam as vendas com o uso de tecnologia de localização em ambientes internos
- Apenas 49% dos varejistas estão usando a tecnologia de IoT, mas 81% dos que já utilizam afirmaram ter aprimorado a experiência de usuário. Uma experiência de consumidor aprimorada costuma ter um impacto significativo na lealdade do cliente e na receita.
- Serviços de envio de ofertas personalizadas e de informações de produtos dentro das lojas aos consumidores surgem como a principal adoção da IoT nessa área, junto com monitoramento e manutenção. Quatro em cada dez varejistas colocaram vigilância na lista de top 3 de casos de uso.
Governos estão atrasados na adoção da IoT, lutando com tecnologias legadas e a necessidade de redução de custos:
- Setor com maior lentidão para adotar a IoT, o governo apresenta apenas 42% dos municípios com o uso de dispositivos e sensores de IoT. Um terço (35%) dos tomadores de decisões de da área de TI reclamam que os executivos nessa área têm pouco conhecimento sobre o que é IoT, o dobro da média, o que sugere que a desinformação é a maior barreira para a adoção em massa no setor.
- Enquanto quase metade (49%) dos departamentos de TI na área de governo lutam com tecnologias legadas, sete em cada dez usuário de IoT no setor público reportam corte de custos e melhoria na visibilidade organizacional como os maiores benefícios.
O contexto de dados e o desafio da segurança
Além de retornos positivos, o estudo também revela um número de obstáculos que os líderes de TI acreditam que evitam que a IoT tenha um impacto ainda melhor nos negócios. Em particular, o custo de implementação (50%), manutenção (44%) e integração das tecnologias legadas (43%) são apontados como as principais questões.
Ainda mais notadas, as falhas de segurança são encontradas em muitas das implementações de IoT. O estudo aponta que 84% das empresas enfrentaram falhas de segurança relacionadas à IoT. Mais da metade dos respondentes afirma que os ataques externos são a barreira principal à adoção de uma estratégia de IoT. Isto confirma que uma estratégia de segurança de TI holística, criada com um forte controle de acesso à rede e política de gerenciamento, irá não apenas proteger empresas, mas também facilitar o apelo da IoT na área de segurança.
A habilidade para capturar e efetivamente utilizar dados é apontada por Kevin Ashton, visionário do mundo da tecnologia que assinou um Book patrocinado pela Aruba, como “o que define a Internet das Coisas”, mas isso aparece como um outro claro desafio para as organizações globais. Embora quase todas (98%) das organizações que já adotaram IoT afirmem que são capazes de analisar as informações, quase todos os respondentes (97%) sentem que há desafios para agregar valor com esses dados. Cerca de um terço (39%) dos negócios não estão extraindo ou analisando as informações coletadas nas redes corporativas, assim estão perdendo a oportunidade de utilizar insights que poderiam aprimorar suas decisões de negócios.
Para Chris Kozup, vice-presidente de marketing da Aruba, embora a IoT cresça em implementação, escala e complexidade, metodologias adequadas de segurança para proteger a rede e os dispositivos, e os dados e os insights que eles fornecem, também precisam seguir esse ritmo de crescimento. “Se os negócios não tomarem as providências necessárias para ganhar visibilidade e analisar as atividades de IoT dentro de seus escritórios, eles correm o risco de expor a empresa a atividades nocivas. A Aruba está capacitando os clientes a rapidamente avaliar as implementações de IoT dentro de suas unidades e determinar qualquer potencial ameaça que elas possam representar. ”
Ashton conclui: “Desde o seu início, em 1999, a Internet das Coisas foi ridicularizada, criticada e incompreendida. E aqui estamos nós, menos de duas décadas depois, em um mundo onde dezenas de milhares de empresas estão economizando e gerando centenas de milhões de dólares com a Internet das Coisas, utilizando carros que dispensam motoristas, estações de metrô que identificam os passageiros, algoritmos que diagnosticam doenças fatais com o uso de telefones e muitas outras tecnologias aparentemente impossíveis. O futuro promete muitas outras coisas fantásticas. A decisão mais importante que você pode tomar é como fazer parte disto. ”
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