Até 2021, o Brasil verá o seu volume de dados móveis aumentar seu tráfego em até cinco vezes. No mundo, o crescimento será de sete vezes. Até lá, a população global terá mais telefones celulares (5,5 bilhões) do que contas bancárias (5,4 bilhões), água canalizada (5,3 bilhões) e telefones fixos (2,9 bilhões). A conclusão é do relatório Cisco Visual Networking Index, que previu ainda que os dispositivos conectados com capacidade de vídeo serão 61,7% do total das conexões móveis em cinco anos no País.
O relatório aponta que o crescimento será motivado principalmente pelo alto crescimento do número de smartphones, assim como, usuários móveis, tráfego de vídeo, a velocidade da rede 4G e a Internet das Coisas (IoT). Segundo o levantamento, as conexões máquina-a-máquina (M2M) vão representar 29% (3,3 bilhões) do total de conexões móveis. Em 2016 estavam acima do patamar de 5% (780 milhões).
Segundo a Cisco, M2M será o tipo de conexão móvel com crescimento mais rápido, já que aplicações de Internet das Coisas (IoT) ainda continuam ganhando força em ambientes empresariais e de consumo. O tráfego M2M no País crescerá 11 vezes entre 2016 e 2021, uma taxa de crescimento anual de 63%. Nesse sentido, os werables também vão deslanchar. No Brasil, o número de dispositivos werable será de 15 milhões até 2021. Em 2016 eram 5 milhões.
No caso das conexões móveis, até 2021, 4G suportará 58% do total, quase o dobro do nível de 26% em 2016, e será responsável por 79% do tráfego total de dados móveis. No Brasil, o tráfego de dados móveis terá um crescimento duas vezes mais rápido que o tráfego IP entre 2016 e 2021; e 77% das conexões móveis no País serão conexões “inteligentes” até 2021, em relação a 52% em 2016.
A explosão do volume de aplicações móveis e a adoção de conectividade móvel pelos usuários finais estão impulsionando o crescimento do 4G, que logo será seguido pelo crescimento do 5G. A previsão da Cisco e de outros especialistas da indústria é de implantações em larga escala de infraestruturas de 5G com início até 2020.
“As operadoras de telefonia móvel precisarão contar com recursos inovadores para proporcionar alta velocidade, baixa latência e provisionamento dinâmico que se esperam das redes 5G para acompanhar as novas tendências de serviços móveis com crescentes demandas dos assinantes e de aplicações de IoT”, explica Hugo Baeta, diretor do segmento de operadoras da Cisco Brasil.
A Cisco projeta que as redes 5G serão responsáveis por 1,5% do tráfego total de dados móveis até 2021 e gerarão 4,7 vezes mais tráfego do que a conexão média 4G e 10,7 vezes mais tráfego do que a conexão média 3G.
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